O presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Unesp (Fundunesp), Edson Luiz Furtado, compareceu à CPI da Gestão das Universidades Públicas na manhã de quarta-feira (11/9). A Fundunesp foi criada em 1987 com a finalidade de auxiliar a Unesp. Furtado ressaltou que as fundações têm autonomia técnica, administrativa e financeira e amparo legal para auxiliar as universidades. Segundo Furtado, a Fundunesp já administrou mais de três mil projetos. Entre eles, destacou parceria entre Unesp e Petrobras relacionada com pesquisas do pré-sal. Ao ser indagado pelo presidente da CPI, deputado Wellington Moura (PRB), sobre o recebimento de recursos do Estado, Furtado informou que a fundação não recebe subvenção do Estado, mas há um convênio entre a Unesp e a Fundunesp para gestão financeira da captação de recursos. A Fundunesp é uma entidade privada, cujas contas são submetidas à análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público Estadual. Outro questionamento dos deputados da CPI foi a respeito do recebimento de bolsas pelos professores da Unesp concomitantemente com seus vencimentos. "A CPI está buscando a transparência. Questionamos a respeito dos funcionários da Unesp que fazem pesquisas com a Fundação e recebem valores absurdos, na ordem de R$ 100 mil. Como pode estar no período de trabalho e fazer pesquisa ao mesmo tempo? Não dá para ganhar de duas receitas. É uma forma de burlar a lei", argumentou. Furtado afirmou que, dentro do rol de atividades do professor, está o desenvolvimento de projetos de pesquisa. Para Paulo Fiorilo (PT) "há amparo legal do ponto de vista das bolsas. Precisamos discutir como isso funciona". As contas da Fundunesp não são analisadas pelo TCE desde 2011. O deputado Barros Munhoz (PSB) sugeriu que a CPI estabeleça um prazo para os julgamentos do TCE. Além dos citados, também estavam presentes os deputados Daniel José, Professora Bebel e Valeria Bolsonaro. O prazo de encerramento da CPI é o dia 9 de novembro.