A CPI que investiga supostas irregularidades na gestão das universidades públicas paulistas vai solicitar o envio dos balanços patrimoniais das instituições, referentes ao período compreendido entre 2011 e 2019. A decisão foi aprovada na reunião realizada na quarta-feira (29/5). Marcelo Knobel, reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Sandro Roberto Valentini, reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e Vahan Agopyan, reitor da Universidade de São Paulo (USP), terão de apresentar à CPI todos os documentos contábeis relacionados a movimentação das verbas que descendem do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços " Quota Parte do Estado (ICMS " QPE) direcionados às universidades, validado em 9,57%. "Respeitamos a autonomia de poderem utilizar as verbas como acharem melhor para o crescimento das universidades, mas têm que prestar as contas. Se os documentos tivessem sido entregues para as comissões responsáveis, não estaríamos aqui", explicou Wellington Moura (PRB), presidente da comissão. A deputada Valeria Bolsonaro (PSL) concordou: "temos recebido muitas denúncias, então só queremos averiguar. Se estiver tudo certo, ótimo, procuraremos como melhorar". Já o deputado Barros Munhoz (PSB) considera "até vergonhoso" para a Casa solicitar essa documentação. Justificou que cabe a Assembleia fiscalizar a administração das universidades. Se houver irregularidades, a Alesp é responsável, porque subentende-se que foram os deputados que ocupam cargos na comissão de fiscalização que não fiscalizaram. "Mas isso faz parte. Desde que não seja só isso, sou favorável, acho que há coisas a serem discutidas. Nada é tão bom, que não pode ser melhorado", ponderou. O prazo de trabalhos da CPI foi prorrogado por mais sessenta dias. Estiveram presentes na reunião, além dos deputados citados, os parlamentares Carla Morando, Daniel José, Douglas Garcia, Leci Brandão, Paulo Fiorilo, Professor Kenny, Professora Bebel, e Valeria Bolsonaro.