Paz nos estádios, Defesa Civil e reajuste a servidores pautam sessão da Alesp desta sexta, 23

Parlamentares lamentaram vandalismo em jogo do Santos e opinaram sobre decisões do Governo em relação ao funcionalismo público paulista
23/06/2023 17:46 | Sessão Ordinária | Juliano Galisi, sob supervisão de Tom Oliveira | Foto: Rodrigo Romeo

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Reis (PT) durante o Expediente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2023/fg304137.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Eduardo Suplicy (PT) durante o Expediente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2023/fg304138.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Conte Lopes (PL) durante o Expediente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2023/fg304111.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Capitão Telhada (PP) durante o Expediente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2023/fg304139.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo fizeram uso do Pequeno e do Grande Expedientes da sessão realizada nesta sexta-feira (23) para discutir assuntos diversos. A paz entre torcidas de futebol, a valorização dos profissionais da Defesa Civil e o reajuste dos salários dos servidores públicos estaduais foram as principais pautas mencionadas.

'Um apelo às torcidas'

Eduardo Suplicy, do PT, usou um dos seus discursos para clamar por paz nos estádios paulistas. Nesta semana, ao fim de um clássico contra o Corinthians, um grupo de torcedores do Santos praticou atos de vandalismo na Vila Belmiro, colocando em risco a segurança dos presentes na arquibancada e no gramado.

"Quero transmitir um apelo à torcida do Santos e de todos os clubes", disse. "Vamos ter um procedimento mais adequado, esportivo e respeitoso", conclamou o deputado. Eduardo Suplicy relembrou que "o futebol, assim como todos os esportes, se constitui em um meio dos povos viverem em paz" e que o próprio Santos, nos tempos de Pelé, "parou uma guerra".

Suplicy afirmou, também, que um caminho de paz entre torcedores pode, no futuro, reaver uma determinação judicial que, atualmente, institui torcida única nos clássicos de futebol entre clubes paulistas. "Para que possa haver, novamente, jogos em que estejam presentes ambas as torcidas, e que haja uma convivência pacífica entre elas", finalizou o deputado.

Conte Lopes (PL), em seguida, reiterou o pedido. "Sempre fui contra separar torcidas", disse o deputado. Lopes relembrou um episódio de tensão entre torcidas que viveu enquanto era comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e assinalou como a questão deve ser tratada no âmbito da segurança pública. "A polícia tem que agir. (...) Tem que haver autoridade. O estádio deve prover segurança aos jogadores e torcedores", afirmou o deputado.

Defesa Civil

Capitão Telhada (PP) usou a tribuna para celebrar o evento de lançamento da Frente Parlamentar pelo Aprimoramento da Defesa Civil, realizado na manhã desta sexta-feira na Alesp. Segundo o deputado, representantes de mais de 50 municípios marcaram presença no evento.

Para Telhada, o trabalho dos profissionais da Defesa Civil se mostrou mais essencial do que nunca com as tragédias que assolaram o litoral paulista no início do ano. Entretanto, de acordo com o parlamentar, trata-se do tipo de situação na qual "passado o período crítico, as pessoas se esquecem e deixam de mudar as leis".

O trabalho dos agentes da Defesa Civil, segundo Telhada, deve ser valorizado em qualquer circunstância e as políticas de prevenção não podem ficar em segundo plano. "É um cacoete, uma cultura ruim. (...) Por que não, por exemplo, criarmos um fundo da Defesa Civil, por meio do qual impostos e doações seriam acionados em momentos de necessidade?", refletiu o deputado.

Reajuste aos servidores estaduais

Carlos Giannazi (PSOL) discursou em favor de diferentes causas dos servidores públicos. Manifestou-se a respeito do Projeto de Lei Complementar 102/2023, afirmando que o reajuste proposto aos vencimentos dos servidores estaduais "é uma vergonha". Para o parlamentar, o percentual estabelecido no projeto, de 6%, "está muito aquém" e nem mesmo compensa as perdas inflacionárias. Trata-se, segundo Giannazi, da manutenção da "política de arrocho".

"Chegou a mim uma insatisfação por parte da Polícia Civil", disse Reis (PT) a respeito do PLC 102/2023. O imbróglio, segundo o deputado, se deve ao aumento do vale-alimentação para a categoria dos policiais militares. O índice, entretanto, permanece congelado para os policiais civis.

"É um tratamento desigual", afirma Reis, mesmo que o reajuste seja feito por decreto do governador ou outra deliberação posterior. "Queremos tratamento igual e respeito", completou o parlamentar.


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