Produção cultural das mulheres negras é destaque na Alesp


08/08/2019 12:46 | Seminário | July Stanzioni - Fotos: Carol Jacob

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Mulheres Negras na Arte<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg237658.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mulheres Negras na Arte<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg237657.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mulheres Negras na Arte<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg237659.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg237660.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Na noite de quarta-feira (7/8) a Bancada Ativista (PSOL), juntamente com a Frente Parlamentar em Defesa da Cultura promoveram o evento "Mulheres Negras na Arte". O Auditório Paulo Kobayashi foi palco de explanações e debates entre artistas visuais, publicitárias, artistas plásticas, estudiosas do tema entre outras áreas ligadas à arte e à cultura.

Segundo a deputada Mônica da Bancada Ativista (PSOL), um dos objetivos do evento é superar as limitações culturais ainda existentes no país. "A cultura, do ponto de vista antropológico e geral, é a forma que rege " mais que a legislação " e é ela que coloca os limites do que é possível ou não na convivência das pessoas, por isso superar as limitações culturais é tão essencial quanto superar as legislações ultrapassadas. A gente sabe que toda a construção da ordem brasileira, algumas culturas, expressões artísticas e modos de viver, são colocados em detrimentos a outros", afirmou.

O encontro também foi mote para celebrar o dia da mulher afro-latino-americana e caribenha, comemorado todo dia 25 de julho. A data foi instituída por meio da Lei 12.987/2014, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Jenyffer Nascimento assessora a deputada Erica Malunguinho (PSOL) e comentou sobre a visibilidade da mulher negra no mundo das artes. "A gente acha que, como frente em defesa da cultura, seria pertinente trazer esse debate para a Casa, pois temos poucas oportunidades de falar " enquanto mulheres negras. Pensar o universo artístico que é majoritariamente branco e masculino, é muito importante para nós, é demarcar um lugar que é nosso".

Dar voz às mulheres artistas negras também foi outro objetivo do encontro, demonstrando o papel histórico delas na construção e produção cultura no Estado de São Paulo e do Brasil. "Quero trazer aqui uma provocação do que é a arte e o que valida uma produção artística. Muitas dessas produções não são legitimadas por quem processa a arte. Quando se pensa em inúmeras mulheres, a não promoção e visibilidade delas, diz muito mais do que coroar as artistas que já estão coroadas" , finalizou a publicitária e diretora de arte Neon Cunha.

O evento "Mulheres Negras na Arte" também prestou homenagem a Raquel Trindade, grande nome da produção cultural negra no país, morta em 2018. Filha do poeta Solano Trindade, fundou em homenagem ao seu pai, o Teatro Popular Solano Trindade, em Embu das Artes. Ao longo das quatro décadas de existência, o teatro tornou-se referência na preservação e promoção da cultura negra e popular.

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