Assembleia sedia debate sobre as desigualdades e os desafios de São Paulo


20/06/2018 14:40 | Seminário | Da redação - Fotos: Marco Antonio Cardelino

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Mesa do seminário<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2018/fg225016.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Seminário Desafios e Desigualdades do Interior de São Paulo <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2018/fg225017.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Beth Sahão e José Justino Desidério Filho	<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2018/fg225022.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2018/fg225023.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Vereadores, agricultores e integrantes de movimentos ligados à terra estiveram reunidos no Auditório Paulo Kobayashi, na terça-feira (19/6), para debater temas referentes ao desenvolvimento do Estado de São Paulo, sobretudo na questão das políticas públicas dos pequenos e médios municípios.

"Fui criado no campo, com agricul­tura familiar, comecei a trabalhar na roça aos 7 anos. Tive um primo que morreu por causa do veneno usado nas plantações de café, e acho fundamental que todos os cidadãos, rurais e urbanos, discutam o tema agrotóxicos, pois todos nos alimentamos", disse o deputado Marcos Martins (PT). Ele referiu-se ao fato de, em 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Estado de São Paulo ser o quarto maior consumidor de agrotóxicos do país, e o Brasil o maior consumidor mundial dessas substâncias.

"Em 2015, foram despejados 62 milhões de litros de agrotóxicos no Estado de São Paulo, principalmente nas lavouras de cana-de-açúcar", informou Matheus Gringo, que defende uma política de redução de defensivos em todo o país. "O uso de agrotóxicos é imposto pelo agronegócio aos agricultores familiares, em forma de pacote, que inclui sementes e assistência técnica, com orientações de uso. Construir alternativas agroecológicas é um caminho fundamental e deve envolver o bom uso da agricultura", finalizou Gringo.

Segundo a deputada Márcia Lia (PT), esse debate é de fundamental importância. "Ouvindo as pessoas, entendemos como estamos vivendo e sabemos dos retrocessos que vêm sendo feitos com as políticas públicas voltadas à agricultura familiar, no nosso Estado e no país. Está ocorrendo um desmonte na agricultura e há um descaso com os agricultores familiares, que lutam para fornecer alimentos para nosso consumo", declarou.

Os desafios da juventude no Estado e as desigualdades regionais também foram tratadas no seminário, que abordou gestões públicas inovadoras e integração de políticas públicas para a criança e o adolescente.

A deputada Beth Sahão (PT) foi a idealizadora do encontro. Estiveram presentes José Justino Desidério Filho, da Federação da Agricultura Familiar (FAF), que abordou dificuldades da agricultura familiar paulista, acesso a mercados, mobilidade e políticas de apoio; Matheus Gringo, economista, da direção executiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que palestrou sobre a produção agrícola, os riscos de agrotóxicos e os desafios da agroecologia; Angela Kulaif, representante da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Única) e Marcio Stanziani, secretário executivo da Associação de Agricultura Orgânica (AAO), que falaram sobre o fortalecimento da produção orgânica e propostas para novas políticas públicas.

alesp