Servidores do quadro de apoio rechaçam plano de carreira imposto sem debate

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27/10/2021 12:43 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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O pretenso plano de carreira apresentado por Doria para o Quadro de Apoio Escolar (QAE) - que não foi precedido de nenhum tipo de consulta aos principais interessados - tornou-se lei em 21/10, com a publicação da última reforma administrativa do governo tucano (LC 1.361/2021). Já no dia seguinte, o simulacro de progressão funcional foi rechaçado pela categoria em audiência pública organizada por Carlos Giannazi (PSOL) no ambiente virtual da Alesp.

Sheila Ribeiro exerce a função designada de gerente de organização escolar, mas seu cargo de origem é secretária de escola. Ela explicou que, com outras carreiras do QAE e do Quadro de Serviços Escolares (QSE), o cargo de secretário de escola está em processo de extinção, de forma que não haverá mais concursos e nomeações. Entretanto, os atuais ocupantes do cargo permanecerão nele até o fim de suas vidas funcionais. "Nós fomos esquecidos", afirmou, citando também outras carreiras que ficaram sem possibilidade de progressão funcional, como os agentes de serviços gerais, os oficiais administrativos e os inspetores de alunos.

Noely Costa e Patrícia Cláudia desmascararam o ardil da Secretaria da Educação de vincular um aumento salarial para os agentes de organização escolar (AOE) a um diploma em curso de cunho pedagógico. "O que o governo pretende? Que nós entremos em sala de aula no lugar dos professores substitutos?", indagou Noely.

Participaram do debate os educadores Eloá Pereira, Aline Gondim, Abel Silva, Albert Pinheiro, Rogério Ferreira e Luciene Cavalcante. Giannazi encerrou o encontro afirmando que já apresentou emendas ao PLC 37/2021, para ampliar o Abono Fundeb a todos os profissionais da Educação, tal como foi feito no Estado de Alagoas.


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