São Paulo celebra, neste 31 de agosto, o Dia das Santas Casas de Misericórdia e dos Hospitais Filantrópicos. Instituições que desempenham um papel fundamental na saúde pública do estado de São Paulo, com uma história centenária, essas entidades não só prestam atendimento médico de excelência, mas também atuam como centros de formação de profissionais de saúde.
As Santas Casas e os hospitais beneficentes se destacam pela proximidade com a população e pelo comprometimento em garantir acesso à saúde de qualidade para todos. No entanto, essa missão não seria possível sem o apoio constante da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que, por meio de seus parlamentares, tem contribuído para a manutenção e o fortalecimento dessas entidades.
Tradição
A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, uma das mais antigas instituições do Brasil, é um exemplo da relevância dessas entidades. Em São Paulo, foi no ano de 1562 que o primeiro registro de uma Santa Casa aconteceu. Já são mais de 460 anos cuidando, tratando e curando cidadãos paulistas. Desde então, a Santa Casa é referência no atendimento médico de alta complexidade e é um dos principais hospitais formadores do país com a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).
Superintendente da Santa Casa de São Paulo, Maria Dulce Cardenuto enfatizou as conquistas e metas estabelecidas pela instituição. "Nos últimos anos, temos investido na modernização e otimização dos processos internos para garantir uma gestão ainda mais eficiente e transparente. Existe também um esforço para a melhoria na qualidade do atendimento, humanização e segurança do paciente", acrescentou.
O estado de São Paulo conta hoje com 406 hospitais beneficentes que, além de oferecer atendimento a milhares de pessoas todos os dias, muitos ainda são responsáveis pela formação de médicos, enfermeiros e outros muitos profissionais de saúde, que saem dali prontos para enfrentar os desafios do sistema de saúde brasileiro.
Cooperando
O apoio do Poder Público tem sido essencial para os hospitais filantrópicos, auxiliando com emendas e destinando grande parte do Orçamento estadual para a aquisição de equipamentos, modernização das instalações, e para a ampliação dos serviços oferecidos. Em 2023, R$1,1 bilhão do Orçamento, aprovado pela Alesp, foi destinado ao programa Santas Casas Sustentáveis - investimento que reflete o compromisso do Parlamento com a saúde pública e o bem-estar dos paulistas.
Diretor-presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), Edson Rogatti destacou a importância desse apoio. "Ajuda a manter principalmente o custeio das operações para além do que a gente recebe do Governo Federal. Com essas emendas dos deputados estaduais são mantidas várias Santas Casas, principalmente as de cidades pequenas, do interior", disse.
A Lei 14.997/2013, proposta pelo ex-deputado José Bittencourt e aprovada pela Alesp, incluiu no Calendário Oficial do Estado o Dia das Santas Casas, a ser celebrado anualmente no dia 31 de agosto.
Formação
A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), conhecida como Faculdade Santa Casa, foi fundada em 1963, como uma expansão natural das atividades da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, uma das mais tradicionais instituições filantrópicas de saúde do Brasil.
A ideia de criar uma faculdade de medicina vinculada à Santa Casa surgiu da necessidade de formar médicos altamente qualificados para atuar no hospital, além de fortalecer o ensino e a pesquisa em Saúde.
Desde o início, a Faculdade Santa Casa se destacou por sua metodologia de ensino baseada na prática, permitindo que os estudantes tivessem contato direto com pacientes e situações reais desde os primeiros anos do curso.
"[Na Santa Casa] temos um trabalho médico humanizado e ligado à realidade do Brasil. Entrar em contato com essa realidade já na universidade traz muita experiência pra gente", disse o estudante de medicina João Vitor Moron.
Unidade
A Federação das Santas Casas atua como uma importante representante dessas instituições, lutando por melhores condições de trabalho e por um financiamento adequado às necessidades do setor.
O diretor Edson Rogatti também destacou os desafios enfrentados pelas entidades, como a necessidade de recursos para a modernização de unidades. "Se não fossem as emendas parlamentares dos deputados do estado de São Paulo, muitas Santas Casas estariam fechadas", afirmou.
As Santas Casas de Misericórdia, além de prestarem serviços de saúde, são instituições que, ao longo dos séculos, se tornaram pilares da saúde pública paulista. Com o apoio da Alesp e de toda a sociedade, a tendência é que essas entidades continuem a desempenhar seu papel essencial na vida dos paulistas, garantindo acesso à saúde de qualidade e formando os profissionais que conduzirão o futuro da medicina em São Paulo e no Brasil.