Alesp realiza seminário sobre acidente vascular cerebral

Idealizado pelo deputado Edmir Chedid, evento tratou sobre os riscos do AVC e procedimentos de reabilitação
05/04/2024 15:09 | Saúde | Da Redação - Fotos: Carol Jacob

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 Seminário sobre Acidente Vascular Cerebral<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2024/fg321979.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Seminário sobre Acidente Vascular Cerebral<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2024/fg321980.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado Edmir Chedid<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2024/fg321981.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dr. Wagner Mauad Avelar - fatores de risco<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2024/fg321982.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dr. Sergio Belczak - pós-alta<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2024/fg321983.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dra. Elisabete Liso - uniformidade<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2024/fg321984.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Prevenção<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2024/fg321985.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sintomas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2024/fg321999.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realizou, nesta quinta-feira (4), um seminário sobre acidente vascular cerebral (AVC), no auditório Teotônio Vilela. O evento foi proposto pelo deputado Edmir Chedid (União) e contou com a presença de médicos e fisioterapeutas que realizaram um ciclo de palestras. No estado, a taxa de mortalidade por causa do AVC é de 17%.

Chedid foi vítima de um AVC e, durante o evento, relembrou o período de recuperação hospitalar. "Muitos médicos que estão aqui me trataram. Foram 60 dias de UTI, 20 dias sem poder levantar a cabeça; apenas olhando para o teto. Sofri quatro AVCs e uma tromboembolia pulmonar. É um momento de alegria poder contribuir de alguma forma com aqueles que já tiveram e por aqueles que um dia poderão ter esse problema".

O deputado é coordenador da Frente Parlamentar pelo Enfrentamento do Acidente Vascular Cerebral e autor da Lei nº 17.891/2024, que institui a Política Estadual de Prevenção do Acidente Vascular Cerebral e de apoio às vítimas.

A importância de uma legislação dedicada ao tema propicia a criação de protocolos para um atendimento mais ágil e eficaz ao paciente. Segundo Elisabete Lino, neurologista e assessora de gabinete na Secretaria Estadual de Saúde (SES), é preciso gerar uma uniformidade no processo. "Por esse motivo, aprovamos uma Resolução na secretaria", comentou ela.

Prevenção

O risco do AVC pode ser minimizado em 90% a partir do tratamento da hipertensão arterial, diabetes e pelo controle do colesterol. Evitar o tabagismo e o sedentarismo é primordial para a prevenção.

No paciente idoso, alguns fatores podem causar o AVC, seja pela arritmia, arterosclerose - acúmulo de placa de gordura nos vasos que irrigam o cérebro (mais comum a partir dos 60 anos) ou pela fibrilação arterial (nas pessoas acima de 75 anos).

Nos pacientes jovens, o AVC pode ocorrer por condições genéticas, trombofilia (pré-disposição para ter o sangue mais viscoso), dissecção das artérias (separação e fechamento delas), vasculite do Sistema Nervoso Central (SNC) ou pelo uso de drogas como cocaína, crack ou outros estimulantes do SNC.

Segundo Wagner Mauad Avelar, neurologista vascular do Hospital das Clínicas da Unicamp, no caso dos jovens a reabilitação motora é mais rápida. "Por causa da neuroplasticidade, o cérebro cria caminhos alternativos para recuperar as funções do corpo afetadas pelo AVC", explicou o médico.

Identificação

Saber identificar os primeiros sintomas do AVC é fundamental para que o paciente tenha socorro imediato. Cerca de 80% dos acidentes são do tipo isquêmico, quando há bloqueio do fluxo sanguíneo em alguma veia no cérebro. Apesar da menor taxa de mortalidade é o tipo que mais deixa sequelas.

Quando o acidente vascular cerebral é do tipo isquêmico, há uma ruptura do vaso gerando uma irrigação na área, comprimindo o cérebro. É o que possui maior taxa de mortalidade, porém nos casos de sobrevivência o paciente tem menos sequelas.

O neurologista Romeu Tuma falou sobre a importância do protocolo "SAMU" para a identificação do AVC: "S - a pessoa não consegue sorrir por causa da fraqueza (dormência) de um lado da boca; A - não consegue abraçar (perda do movimento de um dos braços); M - de música ou de fala, quando a pessoa não consegue articular palavra; U - quando entendemos que é uma urgência", informou ele.

Adaptações

No processo de recuperação, é necessário que os familiares favoreçam um ambiente mais seguro para a realização das atividades diárias. Sergio Belckzak, cirurgião vascular, aponta que a readaptação da casa com barras de apoio, uso de tapete antiderrapante e fácil acesso aos utensílios domésticos para garantir a autonomia são fatores importantes.





Confira a íntegra do evento:


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