Parlamentares integrantes da CPI da Prevenção dos Deslizamentos em Encostas visitaram, nesta quarta-feira (6), a região da Zona Leste de São Paulo para vistoriar obras realizadas pela prefeitura da cidade. A deputada estadual Fabiana Bolsonaro (PL), presidente da CPI, junto com o relator deputado Capitão Telhada (PP), estiveram com o secretário municipal da Infraestrutura e Obras, Marcos Monteiro, em Itaquera, onde obras para evitar a cheia dos córregos estão em andamento. "Estive apresentando a atuação da cidade nessas áreas de risco, em especial nas periferias. Aqui em Itaquera, temos várias obras para conter as margens de córrego e evitar que as casas das pessoas migrem para o córrego em função das chuvas fortes", declarou o secretário. "O papel de vir aqui fazer essa diligência é mostrar o que realmente está ou não acontecendo nessas obras, que ouvimos a explanação na nossa CPI. Aqui vemos que, sim, está acontecendo", afirmou Fabiana Bolsonaro. Já o deputado Capitão Telhada reforçou que, como relator, defende o caráter de fiscalização dos trabalhos realizados no âmbito da prevenção de desastres causados pelas chuvas. "Ficar só na Assembleia chamando autoridades é interessante, mas chega um momento em que o político precisa ir a campo, perto da população e da execução dessas obras." Pesquisa Um estudo realizado por Eduardo Amaral Haddad, professor da Universidade de São Paulo (USP), e por Eliane Teixeira dos Santos, mestranda em Teoria Econômica, apontou que, por ano, a cidade de São Paulo tem um prejuízo de quase R$ 336 milhões por ano, causado por enchentes, em 749 pontos de alagamento. Em escala nacional, esse prejuízo ultrapassa 762 milhões ao ano. CPI A Comissão Parlamentar de Inquérito da Prevenção dos Deslizamentos em Encostas deverá concluir os trabalhos até o dia 21 de dezembro. A comissão foi prorrogada por mais 60 dias, totalizando 180 dias de atuação. Durante as oitivas, representantes da Defesa Civil, especialistas e outras autoridades foram ouvidos. Em 24 de agosto deste ano, durante sessão da CPI, o geólogo Eduardo Soares de Macedo, especialista em desastres naturais, reforçou a importância de resolver problemas com obras de reurbanização, evitar que áreas de risco se formem e conviver com o risco através de planos de emergência, mapeamento e Defesa Civil. Em setembro, a Defesa Civil do Estado apresentou plano de ação de R$ 135 milhões para a prevenção de desastres em período de fortes chuvas. Os planos preventivos funcionam através do monitoramento, de análises dos índices pluviométricos, vistorias de campo e possíveis alertas aos cidadãos.