A Assembleia legislativa de São Paulo e o ILP (Instituto do Legislativo de São Paulo) apresentaram na tarde desta terça-feira (10) o curso "A Importância da Medição e Controle da Pressão Arterial". As palestras fazem parte do Ciclo ILP + IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) de Ciência Aplicada, Tecnologia e Inovação em Políticas Públicas 2023 - Suportes Tecnológicos para as Políticas Públicas de Saúde. O objetivo deste ciclo é a discussão de subsídios para a formulação de Legislação, programas e ações públicas de melhor qualidade voltadas para o setor que cuida da vida da população. Hipertensão Dra. Frida Liane Plavnik, atual vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), explanou sobre dados que envolvem a doença. "Só para dar uma ideia da problemática que é a hipertensão, no mundo, de 1990 até 2019, dobrou o número de pessoas que tem pressão alta". No Brasil, cerca de 30% da população adulta é portadora de hipertensão arterial, mas o relatório da OMS apresentado setembro aponta para um número maior no Brasil, cerca de 45% da população. A especialista destacou que um estudo de 87 fatores de risco mostrou que a pressão arterial sistólica foi o fator de risco mais importante para morte precoce no mundo. "O diagnóstico, tratamento e controle evitariam cerca de 10 milhões de mortes". Ela especialista ainda reforçou que a medição é fundamental não só no diagnóstico, mas também no tratamento e controle desta condição. "Essa é uma condição na maioria das vezes assintomática, não tem uma característica dessa doença que se manifeste e seja detectável". Medição Marcelo Tadao Saita, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, desenvolveu acerca da medição, equipamentos e incertezas de alguma grandeza, como a ?pressão arterial?. "Nós realizamos uma medição e temos uma estimativa". O pesquisador ainda ressaltou a garantia de padrão e competências técnicas com relação aos equipamentos de medições no país através do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Rafael Feldmann Farias, especialista da área de Metrologia Legal de Instrumentos de Medição no âmbito da saúde há mais de dez anos, falou sobre a problemática nos equipamentos de pressão, como o controle metrológico nos esfigmomanômetro. Para guiar a comprar e utilizar essa ferramenta tão importante, ele também enfatizou o papel e suporte do Inmetro. "Justamente para ajudar o uso dos esfigmomanômetro não aprovados no território brasileiro", concluiu. A discussão temática atende à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, especialmente no que concerne ao item 3.4: "Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento (...)". O curso contou com a mediação de Maria Luiza Otero D'almeida Lamardo.