Definindo o ato como apartidário - que não segue movimentos partidários ou legendas partidárias - pastores dos Estados Unidos, Peru e Brasil lançaram nesta terça (22), na Alesp, o Capitol Ministries, o CapMin (Ministério do Capitólio, em tradução livre). Criada em 1996 nos EUA pelo pastor Ralph Drollinger, a missão internacional atua na evangelização de servidores públicos, priorizando detentores de mandatos eletivos, como membros do Legislativo. O Capitol instalou-se no Brasil em 2019, com lançamento no Congresso Nacional em Brasília. A vinda do Ministério para São Paulo, onde terá a parceria da Igreja Batista Boas Novas nos estudos bíblicos, foi articulada pelo deputado estadual Vitão do Cachorrão (Republicanos). "Tenho certeza de que quanto mais próximos de Deus estivermos, melhor cumpriremos nossa missão", salientou o político paulista. Diretor do CapMin no Brasil, o pastor Giovaldo Freitas explicou que o foco do Capitol "é trazer uma mensagem de amor e de esperança para os parlamentares paulistas e seus assessores". Responsável pelo Ministério na América Latina, o pastor Oscar Zamora ressaltou que os ensinamentos bíblicos servem para embasar decisões sensíveis dos agentes públicos. "Quando misturamos dinheiro, poder e autoridade, facilmente o coração pode ser enganado. Por isso que os princípios da Palavra de Deus são necessários na vida de um político", sublinhou. O presidente da Boas Novas, Vagner Vaelatti, explicou que a denominação evangélica paulista será responsável pelos estudos bíblicos sistemáticos do CapMin direcionados a deputados e servidores da Alesp. A formação será ministrada por Cléber Souza, pastor auxiliar da Igreja. Verdade bíblica Mencionando o fato de "estar sentado em dos lugares mais poderosos do Estado de São Paulo", na Alesp, o diretor internacional do CapMin, Brian Hanson, disse acreditar que a Bíblia Sagrada contempla soluções para qualquer problema da vida humana. "A única forma de qualquer área política ser relevante é ser baseada na verdade inspirada por Deus". Hanson ainda frisou que as leis oriundas dos Parlamentos representam legados e precisam ser "honráveis, justas e fundadas na verdade".