Em evento realizado pela Frente Parlamentar de Apoio ao Combate contra o Câncer, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo nesta segunda-feira (25/10), especialistas debateram o aumento dos casos de câncer de mama nos próximos anos. A atividade foi organizada pela deputada Valeria Bolsonaro (PRTB). A oncologista clínica do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), Laura Testa, afirmou que o número de casos avançados recebidos pela instituição aumentou. "Com isso, infelizmente, temos menos possibilidade de oferecer um tratamento curativo", disse. O diretor presidente da Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer (ABIFCC), Pascoal Marracini, afirmou que dados do Datasus apontam para uma diminuição de 40% nas mamografias realizadas entre 2019 e 2020. "Precisamos agilizar o processo, porque a regulação é falha e o acesso é horrível. Hoje, a mulher no SUS tem um percurso fragmentado e quando chega no serviço especializado, pouco pode ser feito", disse Pascoal. A gerente da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama ), Maria Cristina Sanches Amorim, demonstrou preocupação com as perspectivas do câncer de mama para os próximos anos. "Nós não temos dúvida que haverá um aumento de mulheres com o câncer de mama nas fases mais avançadas e isso é um problema estrutural que precisa ser combatido", afirmou. Já a consultora de Advocacia do Instituto vencer o Câncer, Celina Rosa Martins, criticou a restrição do SUS para exames de mamografia. "Visivelmente há uma diminuição da idade nas mulheres para o câncer de mama e no SUS, infelizmente, a mamografia está restrita a faixa dos 50 aos 69 anos. A presidente da Frente Parlamentar de Apoio ao Combate contra o Câncer, deputada Valeria Bolsonaro (PRTB), se colocou à disposição para auxiliar na melhora do quadro para os próximos anos.