A Assembleia Legislativa paulista sediou encontro com auxiliares de Educação Infantil de Santana do Parnaíba, na região metropolitana. O motivo foi buscar subsídios para que tenham acesso à carreira do magistério. Simone de Freitas, que trabalha em uma creche na cidade há 18 anos e é funcionária pública concursada, não está incluída no plano do magistério o que lhe garantiria os mesmos direitos dos professores. "Fazemos trabalho de professor, mas não somos reconhecidos. Como dizem, somos somente cuidadores e não somos valorizados. Acham que não fazemos trabalho de professor, mas fazemos. Auxiliamos os professores pela manhã e na parte da tarde fazemos outros serviços pedagógicos", contou a funcionária. Gabriela Barboza é auxiliar de educação infantil há cinco anos. Ela veio em comitiva da cidade de Santana do Parnaíba e espera que a audiência pública ajude na questão. "O município estampa seus holofotes com educação exemplar, porém, nós educadoras ficamos na sala com salários minúsculos e sem benefícios, pois não temos recesso escolar. Isso nos deixa desgastadas, com servidoras até adoecendo", contou. O deputado Carlos Gianazzi (PSOL), proponente da audiência pública, pede esclarecimentos do Estado sobre o assunto. "É um absurdo que essas professoras continuem sendo designadas com essa terminologia de auxiliares. Elas precisam ser designadas como professoras e educadoras. Não vamos permitir aqui que sejam mantidas nessa precarização das atividades e nos seus contratos de trabalho, uma vez que são professoras efetivas e concursadas". O plano de carreira do magistério deve contemplar itens como a formação inicial e continuada; processo de escolha de diretores das escolas; o número máximo de alunos por sala de aula; o sistema de avaliação e a progressão funcional.