Após esclarecimentos, informações e dados prestados pelo Ministério Público, pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) e por representantes da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio ambiente, os parlamentares membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada para investigar a segurança da Barragem de Salto Grande, localizada no município de Americana/SP, aprovaram na terça-feira (5/11), o Relatório Final dos trabalhos da CPI, elaborado pelo deputado Rafa Zimbaldi (PSB), que afirma não haver risco de rompimento. "Com base nesses depoimentos, concluímos que a barragem é segura e hoje não oferece nenhum risco de rompimento", explicou o relator. Ao longo de seis meses de duração, a CPI realizou seis reuniões e visitas técnicas em Americana para investigar e analisar de perto a real situação do local. A preocupação pela segurança da barragem teve início após uma reportagem divulgada em fevereiro deste ano, pela Rede Bandeirantes, alertando para o perigo de que os municípios de Piracicaba e Limeira poderiam ser atingidos por um risco iminente de rompimento da represa. Os parlamentares comentaram sobre a poluição encontrada nos rios desses municípios e deverão encaminhar um relatório sobre o assunto às comissões de Meio Ambiente, de Infraestrutura e de Assuntos Metropolitanos. "Para que em conjunto com o Ministério Público e o Governo de Estado possam trazer aos munícipios a responsabilidade da despoluição dos rios", informou o deputado Rafa Zimbaldi. Segundo o presidente da CPI, deputado Roberto Moraes Morais (CIDADANIA), a despoluição vai atrair novamente o turismo para o município de Americana. "Nós tínhamos duas praias maravilhosas que proporcionavam lazer e diversão e geravam emprego. Isso não existe mais. Queremos a limpeza da barragem para que possamos voltar a gerar emprego e renda para a cidade", finalizou. Os parlamentares pretendem, ainda, encaminhar relatórios para a Arsesp, Anel e a todos os municípios no entorno do rio Atibaia. Além dos citados, estiveram presentes os deputados Adalberto Freitas, Luiz Fernando T. Ferreira, Marcio Nakashima e Ricardo Madalena.