Um laudo preliminar do Ministério Público aponta que não há risco de rompimento da barragem de Salto Grande, no município de Americana, interior de São Paulo. O documento foi apresentado na CPI pelo promotor de justiça do município, Ivan Carneiro Castanheiro, nesta terça-feira (25/6), no auditório Teotônio Vilela. Os deputados aprovaram uma visita à barragem que vai analisar in loco a estrutura do paredão de 22 metros. O relator da CPI, deputado Rafa Zimbaldi (PSB), disse que as denúncias de poluição da represa agora serão discutidas também na Comissão de Assuntos Metropolitanos, onde ele é presidente. "Eu acho que a visita dos deputados é mais do que importante até para que os deputados possam conhecer e ver a questão da segurança", comentou o parlamentar. "Nosso objetivo é receber mais autoridades para serem ouvidas nessa CPI, para a concluirmos. Mas dando essa garantia de que não há esse risco de rompimento dessa barragem, que diferente de Brumadinho e de outras barragens, foi construída de uma maneira segura, isso nos dá essa tranquilidade", declarou o presidente da CPI, deputado Roberto Morais (PPS). O promotor de Americana esclareceu ainda que o inquérito foi desmembrado em três partes, o que gera uma análise que vai além do risco de rompimento da represa. Segundo Ivan Carneiro, o Ministério Público já estava de olho na qualidade da água da barragem e esse novo laudo apontou índices de poluição em Salto Grande além da falta do licenciamento ambiental. "No momento em que surgiu a notícia do risco de rompimento, nós desmembramos esse inquérito, no inquérito de 2014 ficou a questão da qualidade da água por falta de tratamento de esgoto, de manejo adequado do solo, propiciando que agrotóxicos e fertilizantes que sejam carreados pela enxurrada chegando a diminuir a capacidade de armazenamento", disse o promotor. O promotor foi ouvido durante uma hora e meia pelos parlamentares.