Com o intuito de debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019, do governo federal, que altera o sistema previdenciário nacional, o deputado Teonílio Barba (PT) reuniu parlamentares e representantes de associações no auditório Franco Montoro da Alesp, para uma audiência pública, realizada na terça-feira (30/4).

O ex-ministro da Previdência, Luiz Marinho, esteve presente na reunião e criticou as alterações propostas. "A previdência sempre precisará de ajustes ao longo dos anos, mas o que está acontecendo não é uma reforma propriamente dita, e sim um desmonte no que foi construído em muito tempo e com muita luta", disse.

A deputada Leci Brandão (PCdoB) ressaltou que a sociedade deve cobrar os deputados federais, que deverão votar a PEC. "O povo não pode perder mais direitos. Objetivo e vontade são coisas importantes, e a resistência é o que faz a diferença. Agora, precisamos da resistência dos trabalhadores rurais, professores, estudantes, donas de casa e de todos os que querem seus garantidos", disse.

Segundo o deputado Luiz Fernando T. Ferreira (PT) o que se propõe "não é uma reforma, sim um desmonte da previdência social, onde se penaliza os pobres, onde os privilegiados não são atacados. É uma lógica que vai trazer uma pobreza muito maior ao nosso país e isso vai ter consequências para a economia e gerar mais desemprego", ressaltou.

A deputada Márcia Lia (PT) apontou que alguns segmentos sociais " como mulheres, trabalhadores rurais e professores " serão mais afetados que outros. "A trabalhadora rural, comum, professoras, todas as mulheres sofrerão muito com essa Reforma da Previdência caso ela seja aprovada", disse.

O parlamentar que propôs o evento, deputado Teonílio Barba (PT), concluiu a audiência criticando a reforma proposta pelo governo federal. "O que estão fazendo é colocando nas costas dos trabalhadores uma conta de 857 bilhões, principalmente quando se reduz o benefício para 60%, com no mínimo 20 anos de contribuição".