Madre torturada pela ditadura militar é tema da reunião da Comissão da Verdade.

A jornalista e escritora Matilde Leone e o deputado Adriano Diogo (PT), presidente da Comissão da Verdade, falam sobre o caso da madre Maurina Borges da Silveira
22/10/2013 19:49

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A Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva abordou nesta segunda-feira, 21/10, o caso da madre Maurina Borges da Silveira. Nos anos 60 Madre Maurina coordenava o orfanato Lar Santana, em Ribeirão Preto, onde um grupo de jovens usava uma das salas para, sem o conhecimento de Maurina, realizar reuniões políticas. Após o golpe militar de 1964 os jovens que ali se reuniam foram presos. Na sala Maurina encontrou documentos, jornais e fotografias que foram queimados, a seu pedido, pelo jardineiro. Acusada injustamente de subversão a madre foi detida e levada à prisão, onde foi barbaramente torturada e estuprada. Matilde Leone, jornalista e escritora do livro Sombras da Repressão - O Outono de Maurina Borges, disse que apesar de Maurina não ter aparentemente envolvimento com nenhuma organização revolucionária, o nome da madre constou da lista de presos políticos a serem trocados pelo cônsul japonês Nobuo Okuchi, sequestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).



O deputado Adriano Diogo (PT), presidente da Comissão da Verdade "Rubens Paiva", explicou que a comissão tem três níveis : Memória, Verdade, Justiça nós estamos no nível da Memória, ainda não chegamos na Verdade e na Justiça não sabemos se vamos chegar.

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