Superintendente do I.C. fala sobre destino e demora na análise das ossadas de Perus na CDH


11/09/2013 18:58

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Das 1049 ossadas encontradas na vala do cemitério Dom Bosco em Perus somente sete ossadas foram identificadas como de presos políticos. Entre eles, Dênis Antônio Casemiro, Dimas Casemiro, Flávio Carvalho Molina, Francisco José de Oliveira, Frederico Eduardo Mayr e Grenaldo de Jesus da Silva.

A Secretaria de Segurança Pública passou a ser responsável pela falta de identificação das ossadas depois que o Ministério Público Federal pediu a responsabilização de pessoas físicas e jurídicas. Dessa forma a superintendente do Instituto de Criminalística Dra. Norma Sueli Bonaccorso foi convidada a comparecer à reunião da Comissão de Direitos Humanos nesta terça-feira, 10/9, para prestar esclarecimentos sobre os fatos.

Em 2007, o acidente com o avião da TAM matou 199 pessoas. A Polícia Científica de São Paulo foi capaz de identificar 195 das 199 vítimas do acidente, segundo informações trazidas por familiares dos mortos e identificação do DNA, que morreram a mais de 1100º C, no incêndio, após o choque da aeronave com o prédio da TAM. A sociedade esperava que a mesma tecnologia empregada para identificar os mortos no maior acidente da aviação brasileira fosse usada para descobrir se as ossadas encontradas no Cemitério de Perus eram de pessoas perseguidas pela ditadura.

O deputado Fernando Capez(PSDB) disse que "foi um depoimento frustrante e evasivo". "A superintendente da Polícia Científica veio para prestar esclarecimentos sobre tema importante que é a identificação de pessoas que foram barbaramente assassinadas, mas as declarações foram vazias ", completou o parlamentar.

O presidente da Comissão deputado Adriano Diogo(PT) afirmou: "Esse assunto deverá demorar muito para vir à tona"...

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