Comissão da Verdade ouve relatos da luta armada durante ditadura

O deputado Adriano Diogo (PT), presidente da comissão, falou sobre a recomposição da recente história política do Brasil e do trabalho da Comissão da Verdade nessa trajetória.
26/04/2013 18:54

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A audiência pública da Comissão Estadual da Verdade "Rubens Paiva" realizada nesta sexta-feira, 26/4, na Assembleia Legislativa, ouviu relatos sobre Devanir José de Carvalho, Aderval Alves Coqueiro, Dimas Antonio Casemiro e Joaquim Alencar de Seixas, vítimas da ditadura. No início dos trabalhos, o deputado Adriano Diogo, presidente da comissão disse que os relatos dessa audiência, a 35ª reunião da comissão, trariam detalhes da resistência armada à ditadura militar. Disse também que embora os fatos tenham ocorrido há quase 40 anos, eles estão ainda muito presentes. "Tenho a impressão de que vai entrar alguém e mandar parar tudo isso", disse Diogo.

Ivan Seixas, que foi preso e torturado, em 16 de abril de 1971, juntamente com seu pai, Joaquim Alencar de Seixas, que veio a falecer no dia seguinte, frisou em seu relato, que há de se observar aspectos humanos e sociais das pessoas que foram presas, torturadas, assassinadas durante o período da ditadura (1964/1985). Eles viveram pelo Brasil, tinham família, eram trabalhadores, estudantes. Sem essa consciência dos fatos, a resistência não faz sentido. Seixas frisou, em seu relato, que há de se observar aspectos humanos e sociais das pessoas que foram presas, torturadas, assassinadas durante o período da ditadura (1964/1985). Eles viveram pelo Brasil, tinham família, eram trabalhadores, estudantes. Sem essa consciência dos fatos, a resistência não faz sentido. Ele também relatou que Devanir José de Carvalho e seu pai foram presos e torturados, mas conseguiram não delatar os companheiros. Já Dimas Antonio Casemiro, outro companheiro e dirigente do MRT, não chegou a ser torturado, pois morreu fuzilado no próprio dia 17 de abril daquele ano.

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