CPI das autopeças ouve depoimentos sobre o mercado de autopeças de reposição

O deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da CPI, faz um balanço da reunião e considera que está cada vez mais claro que esse mercado de autopeças de reposição que representa apenas 3% do faturamento das montadoras não pode ser objeto de monopólio
24/04/2013 11:50

Compartilhar:

 


A CPI que investiga a eventual cartelização do mercado de autopeças de reposição, presidida pelo deputado Fernando Capez (PSDB), ouviu nesta terça-feira, 23/4, as explicações de Pedro Scazufca, representante do economista Gesner de Oliveira, e Júlio Cesar de Freitas, presidente da Associação Brasileira de Comerciantes e Recicladores de Automóveis Descontinuados. Scazufca, falou sobre os aspectos concorrenciais do mercado de autopeças. O documento relata abuso do poder econômico por parte das montadoras (no caso a Volkswagen do Brasil, Fiat Automóveis e Ford Motor) e uso da proteção ao desenho industrial a elas conferida a fim de dominar o mercado de peças de reposição. Em 2010, o Cade decidiu pela instalação de processo administrativo contra as montadoras mencionadas. Júlio César de Freitas, que falou à comissão na condição de depoente, afirmou que as oficinas mecânicas que prestam serviços para as seguradoras, na prática, funcionam mais como estacionamentos. Conforme o depoente, o mercado independente compra em leilões realizados em São Paulo 200 mil veículos por ano. Esses leilões são realizados em concordância com o DER, Ciretrans e Detran. Portanto, o mercado independente (também conhecido por desmanche) deve ser tratado como atividade legal. O que falta são agentes fiscalizadores e legislação eficiente para coibir o desmanche ilegal.

O presidente da CPI sugeriu que a comissão ouça na próxima semana representantes da General Motors e da Fiat, e daqui a quinze dias, representantes da VW e da Ford.

Os parlamentares votaram pela tentativa de novo convite aos faltosos nas reuniões anteriores. Caso eles não compareçam, a CPI os convocará, usando dos poderes de investigação previstos na Constituição.

Voltar
alesp