Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia Legislativa debate tratamento do câncer de mama. II

O deputado Luiz Carlos Gondim (PPS), membro da Comissão de Saúde e Higiene, comenta os resultados e as recomendações do 1º Fórum Intersetorial de Controle de Câncer de Mama do Estado de São Paulo
17/11/2010 12:26

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A Comissão de Saúde e Higiene recebeu nesta terça-feira, 16/11, a médica Adriana Bacci, gerente do Programa de Câncer de Mama Brasil da American Cancer Society (ACS), para apresentar os resultados do 1º Fórum Intersetorial de Controle de Câncer de Mama no Estado de São Paulo.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) em 2010 devem ser contabilizados 49 mil novos casos de câncer de mama. Esse é o câncer que mais mata mulheres no país, mas que, ao mesmo tempo, é o que tem mais fácil prevenção. Apesar de o Estado de São Paulo contar com boa infraestrutura e políticas específicas para o câncer de mama, há ainda barreiras a superar.

Um dos problemas levantados é o fato de que o Estado de São Paulo assume o ônus do tratamento de pacientes de outros Estados ou até de países vizinhos, numa proporção de 60% dos casos. Para isso, seria necessário um mecanismo de ressarcimento dos custos. Uma das soluções seria regulamentar a Emenda Constitucional 29/2000, que assegura recursos mínimos para o financiamento de ações e serviços de saúde.

O objetivo do fórum foi mapear a situação atual do controle da doença, desenvolver recomendações para abordar a doença de forma multidisciplinar e celebrar os avanços obtidos. O fórum especificou três eixos de atuação: rastreamento e detecção precoce; diagnóstico e tratamento; e cuidados paliativos.

Como recomendações prioritárias para a detecção precoce do câncer de mama, estão a necessidade de garantia da qualidade da mamografia, que é o principal exame para diagnóstico da doença, e a capacitação dos agentes de saúde, enfermeiros e médicos sobre o exame clínico das mamas.

Adriana Bacci destacou a importância do exame clínico feito por profissionais capacitados, que é melhor que o auto-exame, por ser mais preciso.

Na busca de uma regulação e adequação dos tratamentos oncológicos e da padronização do sistema, garantindo o acesso a diagnóstico e tratamentos, o fórum recomendou prioritariamente o cumprimento da Portaria 741/2005 do Ministério da Saúde, que reduz o tempo de espera.entre outras medidas. Também é necessário garantir uma cota maior de agulhas grossas para a realização de biópsias.

Participaram da reunião da Comissão de Saúde e Higiene, os deputados Luiz Carlos Gondim (PPS), Marcos Martins (PT) e Pedro Tobias (PSDB).

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