Evitando sugestões externas e modismos Marilda Dib faz da escultura um organismo potenciado

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
13/06/2007 17:45

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Marilda Dib<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/MARILDA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Chama<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/MARILDA OBRA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Se inicialmente o figurativo se constituía na matriz insubstituível da linguagem plástica da escultora Marilda Dib, na sua produção atual é patente uma decisiva vontade de liberação do narrativo para assegurar às formas um valor somente intrínseco. Trata-se de um caminho não fácil o escolhido e percorrido com humildade pela artista, mas feito com o detalhismo do artesão e o coração do poeta.

O volume ocupa para esta escultora uma posição preeminente. Artista respeitosa da tradição molda suas peças até definir o fato plástico num sistema de volumes diversamente articulados nas suas relações espaciais e vinculados pela continuidade de superfícies diferenciadas por um extremo contraste, mas prontas a colher o fluir da luz e, em conseqüência, vivificar.

Trata-se de um sistema de volumes, que o antigo discurso realista e elimina de tal maneira que a obra se adapta no espaço em razão dos próprios valores estruturais, potencializando, aquela motivação humana que a artista não pode abdicar e que constitui, em todo o caso, o inicio do ato criativo.

Evitando sugestões externas e modismos, tentações em direção a experiências aventurosas Marilda Dib se empenha para uma própria concepção do fato plástico: fazer da escultura um organismo potenciado pela participação humana.

A obra Chama doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, se desveste de todo dado não atinente e cada vez mais tende a uma síntese de seu instinto artístico.



A artista

Marilda Dib, pseudônimo artístico de Marilda da Matta e Dib, nasceu em São Paulo, em 1946. Formou-se em assistência social pela Universidade Pontifícia Católica de São Paulo (1971) e em artes plásticas pela Escola Panamericana de Arte e Design.

Estudou pintura a óleo na ASBA, Associação São Bernardense de Arte e freqüentou o curso de escultura no atelier Ângela Bressan e no Mube " Museu Brasileiro da Escultura.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas como no Clube Sírio Libanês, SP (1980) ; Clube Atlético Aramaçan, Santo André, SP (1996) ; Museu Brasileiro da Escultura, SP ; Casa Cor de Santo André (2005) ; Clube Paineiras do Morumby, SP; Casa de Cultura Antonino Assumpção, SP ; Veja cor na Riviera de São Lourenço, SP ; Casa Cor no Jóquei Clube, SP (2006/2007) ; Casa cor e casa hotel no shopping D & D, SP ; Bienal Internacional de Florença, Itália e Bienal de Arte Contemporânea, Roma, Itália (2007).

Recebeu menções honrosas em pintura e em escultura (1980/1996) e foi premiada no concurso interclubes do SESC (2006). Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp