Museu da Escultura ao Ar Livre - Ricardo Carvão


19/08/2011 11:20

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Tubismo II<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/museuTUBISMOiiRICARDOCARVAO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ricardo Carvão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/museuRICARDOCARVAO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Tubismo I <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/museuTUBISMOIRICARDOCARVAO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Assimilação mística e devota do espaço invisível: base da criatividade de Ricardo Carvão



A base do poder criador do escultor Ricardo Carvão é de uma profundidade emotivamente sentida, uma assimilação mística e devota do espaço onde a luz e a cor exercem uma importante função.

Na maioria de suas obras, certas linhas se tornam planos curvos, e planos curvos se transformam em formas abertas. Outras linhas terminam em pontas, embora essas pontas não representem, de maneira alguma, um fim. Elas são a ilustração visível do infinito.

Ricardo Carvão dá muita importância ao papel da luz na escultura. Admirador do espaço que conquista através do emprego da luz e da sombra, possui um caráter definido e uma espiritualidade que vai bem além das possibilidades do espaço fixo e fechado da perspectiva.

A personalidade desse escultor ultrapassa o construtivismo. Embora seja receptivo ao conceito de realidade, ele traça seu próprio caminho. O mundo do artista não é aquele da imagem diáfana. Ao contrário, ele cria, por intermédio do efeito combinado da luz e da sombra sobre a superfície dos planos encurvados. E o resultado é uma vibração repleta de efeitos variados, conforme a hora do dia e a qualidade da iluminação.

Nas duas esculturas Tubismo I e Tubismo II, criadas especialmente para o acervo do Museu da Escultura ao Ar Livre instalado nos jardins do Palácio 9 de Julho, suas formas dão a impressão de servir à realização de uma experiência essencial do espaço, mais introvertida do que extrovertida. Suas construções, como os instrumentos de uma ciência exata, nos fazem penetrar no espaço invisível.



O artista



Ricardo Carvão, nome artístico de Ricardo Carvão Levy, nasceu em Belém, no Pará, em 1949. Vive e trabalha em Belo Horizonte desde 1964. Em 1972, viajando pelo Canadá e pelo México, entrou em contato com a arte pré-colombiana, cuja geometria despertou sua criatividade.

Iniciou então a criação de suas esculturas utilizando o couro grosso curtido e a sola. Sua primeira exposição individual foi em 1979, na Grande Galeria do Palácio das Artes de Belo Horizonte, com 146 esculturas em cores. Essa mostra foi apontada como "a melhor exposição do ano", pela crítica especializada.

Naquele mesmo ano, introduziu o metal e suas esculturas conquistaram assim o espaço urbano. Em 1985, diversificou os materiais incorporando ao seu trabalho o granito, o concreto, o mármore, a resina, o vidro, a madeira e o papel, entre outros. Para homenagear a primavera, iniciou em 1989 a série Florescultura, tendo as flores como temática. Passou ainda a transformar latas de óleo, de sardinha, de conservas em geral e de tinta, através de cortes e dobras, em flores originais.

Participou de inúmeros salões e exposições coletivas, entre eles: IV Salão de Artes Plásticas; Museu de Arte Moderna, MAM, Rio de Janeiro; IV Salão do Conselho Estadual de Cultura, Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG (1981); I Salão da Fundação Clóvis Salgado, Palácio das Artes, BH (1984); Expressão e Forma, Museu de Arte da Pampulha (MAP), BH (1986); Um Século de Esculturas no Brasil, Museu de Arte Assis Chateaubriand, Masp, São Paulo, SP (1982); Arte Latino-Americana, Moss Gallery of Fine Arts, San Francisco, Califórnia, EUA (1987); 20 Anos de Esculturas em Minas Gerais, XX Festival de Inverno, Poços de Caldas, MG (1988); Jardim Neoconcreto, XXI Festival de Inverno, Parque Municipal de Belo Horizonte, BH (1989); Terra Minas Terra, Museu de Arte da Pampulha (MAP), BH; Green Press, Ministério das Minas e Energia, Minascentro, BH (1992).

Entre as principais obras em espaços públicos destacam-se: Monumento à Paz, comemorativo da visita do Papa João Paulo II a Belo Horizonte (1982); O Vôo, Aeroporto Internacional Tancredo Neves, Confins, MG (1984); Liberdade, praça da Liberdade, BH (1991); Tubismo III, 50 esculturas em tubos de aço instaladas na praça das Águas, no Parque das Mangabeiras, BH (1999); Monumento do Milênio, praça Marcelo Góes Menicucci, Belvedere, BH (2001); Tubismo I e II, Museu da Escultura ao Ar Livre, nos jardins da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (2003).

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