Assembléia sedia o simpósio "Amigos da Amazônia"


31/08/2007 16:43

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Silvia Nascimento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/SIMP AMAZONIA silvia nascimento02ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Simpósio "Amigos da Amazônia"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/SIMP AMAZONIA  GERAL 354ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Vereador Gilberto Natalini, deputado José Augusto e secretário Eduardo Jorge<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/SIMP AMAZONIA gilberto natalini.dep.jose augusto.eduardo jorge01ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Roberto Smeraldi <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/SIMP AMAZONIA roberto smeraldi08ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembléia Legislativa foi sede nesta sexta-feira, 31/8, do simpósio "Amigos da Amazônia", de iniciativa do deputado José Augusto (PSDB), que teve por objetivo discutir formas de coibir, no Estado de São Paulo, a aquisição e uso de madeira fruto de extração ilegal proveniente da região amazônica. O encontro contou com a presença do vereador paulistano Gilberto Natalini (PSDB), do secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, e de representantes do Greenpeace e de diversas organizações não governamentais (ONGs) ligadas ao meio ambiente.

Na abertura do evento, o deputado José Augusto destacou a necessidade de implementação do uso de madeira certificada no Estado de São Paulo como forma de preservar o que ainda resta de mata natural na região amazônica. Em seu entender, o desmatamento da região é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa no planeta. A partir da prática da extração ilegal da madeira já se pode observar áreas de savana na região, o que provoca profundas alterações no clima mundial.

Com vistas a contribuir para a diminuição do problema, o parlamentar apresentou o Projeto de Lei 316/2007, que institui a Política de Fomento à Utilização de Madeira Certificada em obras e serviços de natureza pública e privada no Estado de São Paulo. Em sua justificativa, José Augusto afirma que o Brasil é um dos maiores emissores de gás carbônico (CO2) " causador do efeito estufa " do planeta, proveniente, segundo ele, do desmatamento sem planejamento e das queimadas. Como o Estado de São Paulo é o maior consumidor da madeira resultante desse desmatamento, qualquer iniciativa aqui adotada para coibir o uso de madeira extraída de forma irregular terá impacto em toda a cadeia produtiva nacional.

Estranheza

Apresentando gráficos que mostram o perfil da emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa " e conseqüente aquecimento global " no município de São Paulo, o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, disse causar certa estranheza o fato de a cidade apresentar um dos maiores índices de emissão por queima de combustíveis fósseis e um baixo índice per capita em relação aos números nacionais. Para ele, isso evidencia que o maior responsável pelo problema é o uso inadequado da terra na Amazônia, com a derrubada da mata nativa para extração de madeira e formação de pasto. Assim, a responsabilidade maior de São Paulo nesse processo está na compra de madeira extraída de forma ilegal proveniente da região norte. Isso por si só, já justifica, para ele, ações como as previstas no Projeto de Lei 316/2007.

O vereador Gilberto Natalini, por sua vez, destacando a luta pela preservação da Amazônia, lembrou que o município de São Paulo já conta com lei semelhante aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo Executivo, que já vem gerando efeitos na forma como a cidade enfrenta o problema. Segundo ele, várias ações já estão sendo desenvolvidas no sentido de balizar a compra de madeira pelos órgãos da administração municipal quando da construção de edifícios públicos e da compra de seu mobiliário.

Na seqüência do simpósio, foram apresentados painéis técnicos sobre o tema por integrantes da orga­nização Greenpeace e demais ONGs ligadas ao setor presentes ao evento.

alesp