Ato solene realizado na sexta-feira (22/10) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo debateu a atividade dos profissionais de educação integrantes do Quadro de Apoio Escolar (QAE) e Quadro da Secretaria da Educação (QSE). O evento, promovido pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), contou com a presença de agentes de organização escolar. Segundo o deputado Carlos Giannazi, o ato foi "em defesa dos direitos e da dignidade de todos os servidores do quadro de apoio escolar, profissionais da educação". "Por coincidência, hoje [sexta], já tivemos a sanção do Projeto de Lei Complementar 26 pelo governador Doria, uma lei complexa que atinge mais de 23 leis estaduais, uma lei complexa, mas que no geral ela retira direitos e benefícios de amplos setores do funcionalismo público estadual", disse. O parlamentar também citou o Projeto de Lei Complementar 37/2021, em tramitação na Alesp, que trata da concessão do Abono-Fundeb aos profissionais da educação básica da rede estadual de ensino. De acordo com Giannazi, a proposta deixa de lado os servidores do quadro de apoio escolar. A agente de organização escolar Aline Catarine falou sobre o trabalho dos profissionais. "A Secretaria da Educação é composta pelo QAE e pelo QSE. No QAE está incluso o Agente de Organização Escolar (AOE) e o Agente de Serviço Escolar (ASE). O AOE seria os inspetores e pessoas da secretaria. O ASE são os merendeiros e faxineiros. Assim acredito que o secretário de educação e o governador deveriam conversar com a categoria para analisar o melhor para nós", disse. A também agente de organização escolar Noely Emília falou como o novo PLC prioriza funcionários com educação superior. "Nós não temos que valorizar apenas os funcionários que têm nível superior, temos que também valorizar os funcionários que entraram e prestaram serviços por 20 anos, 15 anos na educação, porque eles deram o seu melhor", disse. Presente no ato solene, Celso Giannazi, vereador da cidade de São Paulo, disse que o assunto o lembrou da situação na cidade. "Vendo esse ato solene, me traz muito a realidade que estamos vivendo aqui com o quadro dos Auxiliares Técnicos de Educação (ATEs) do quadro de apoio da rede municipal de educação que sofrem esse problema da precarização, da intenção do município em terceirizar os serviços", falou. Abel José, agente de organização escolar, falou da importância da união dos servidores públicos nesse momento. "Há uma força positiva entre os servidores do QAE e QSE que juntos aos demais servidores da educação empenham-se para que haja uma escola pública livre e democrática, um grupo com boas ideias possíveis e executáveis, servidores que acompanham as adversidades das comunidades locais e escolares. Esse grupo do funcionalismo público vem propondo há muitos governos uma comissão que possa ser recebida para uma negociação franca, realista e de idealização concretas do governo atendendo as bandeiras de lutas do QAE e QSE", disse.