Informação e cuidado: Alesp sedia evento de abertura da campanha 'Outubro Rosa' em São Paulo
08/10/2025 15:09 | Câncer de Mama | Louisa Harryman - Fotos: Larissa Navarro








A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo sediou, nesta terça feira (7), um evento de abertura da campanha Outubro Rosa. O mês faz parte do calendário oficial do estado desde 2015, a partir da Lei 16.046/2015, e atua para sensibilizar a população quanto à importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
A cerimônia de abertura foi promovida pelo deputado Altair Moraes (Republicanos) com o apoio da Associação Brasileira de Defesa dos Pacientes com Câncer (Oncoguia), ONG voltada a divulgação de informações de qualidade e acolhimento de pessoas que vivem com câncer. O objetivo do encontro foi debater sobre os entraves enfrentados pelas pacientes na jornada desde o diagnóstico até o tratamento.
Moraes destacou a importância das ONGs para acolher pacientes e incentivar o diagnóstico precoce. "Quando é detectado no começo, tem tratamento e a chance de cura aumenta muito. Ou seja, as mulheres que sofrem mais, geralmente são aquelas que infelizmente não fizeram o exame ou foram adiando", disse.
Incidência e diagnóstico
O câncer de mama é o tipo mais comum da doença entre as mulheres ? uma em cada oito brasileiras pode ser diagnosticada. Carolina Terra, pesquisadora na Fundação Oncocentro da Universidade de São Paulo (FOSP), explicou que, no Brasil, "o perfil de adoecimento e morte não é homogêneo, com diferenças marcantes entre regiões, faixas etárias e grupos sociodemográficos".
Carolina também pontuou que as taxas de mortalidade são maiores entre mulheres com mais de 50 anos e que pacientes negras tem diagnóstico tardio com mais frequência. A oncologista Abna Vieira, que faz parte do grupo de pesquisa em saúde na população negra da USP, explicou que essa diferença é resultado de um problema estrutural do sistema e apontou que "mulheres brancas tem quase o dobro de incidência de câncer de mama em relação a negras, no entanto as negras morrem mais".
A detecção precoce da doença é dividida em diagnóstico precoce para mulheres sintomáticas de qualquer idade e rastreamento para mulheres assintomáticas entre 50 e 74 anos. "A maioria dos casos tem bom prognóstico quando diagnosticados precocemente e tratados em tempo oportuno", pontuou Carolina Terra.
Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo conta com um programa de rastreamento e detecção de câncer de colo de útero e de mama de alta resolutividade, em parceria com a Sociedade Brasileira de Mastologia e universidades. O objetivo principal é dar acesso aos exames de detecção às mulheres com alta suspeição e reduzir o tempo de diagnóstico.
Coordenador da saúde da mulher da Secretária de Saúde do Estado de São Paulo, Edmund Baracat afirmou que o programa conta com carretas para ampliação do acesso em todas as regiões e, só com esse recurso, já foram realizadas mais de 45 mil mamografias neste ano. Além disso, há mais de 1,5 mil mamógrafos (aparelho para detecção de doenças de mama) no estado, e pelo menos metade atende o SUS.
No entanto, para a coordenadora da área técnica de saúde da mulher da Secretaria de Saúde do município de São Paulo, Ligia Santos Mascarenhas, a abrangência dos serviços ainda precisa melhorar. Em 2024, apenas 33% da população alvo procurou serviço de saúde para realizar a mamografia, e os principais desafios são o cenário de envelhecimento populacional, desigualdade de acesso, alta rotatividade de profissionais na atenção primária e dificuldade de acesso à informação.
Autocuidado
Ao final do evento, pacientes que já enfrentaram ou ainda enfrentam o câncer de mama se reuniram em uma roda de conversa para relatar suas experiências. A médica Fabiana Makdissi aproveitou o momento para reforçar a importância de conhecer e tocar o próprio corpo, sempre em alerta para o que pode estar fora do normal.
"Informação também é cuidado e escuta também é cura. Toda mulher merece se sentir amparada, informada e valorizada em cada etapa", destacou a fundadora e presidente da Oncoguia, Luciana Holtz.
Assista ao evento, na íntegra, em transmissão da Rede Alesp:
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