O Instituto do Legislativo Paulista (ILP), em parceria com o Colégio Brasileiro de Executivos em Saúde (CBEXS), entidade sem fins lucrativos para gestores na área, realizou nesta quarta-feira (14) o terceiro encontro do ciclo de palestras sobre "Sistema De Saúde Brasileiro - Integração com o Legislativo".
Mediado pela vice-presidente da Abrig, Tacyra Valois, e com participação do doutor em Saúde Coletiva, Denizar Vianna, o evento debateu os modelos de financiamento e sustentabilidade nos sistemas de saúde público e privado do país.
A próxima aula do "Ciclo ILP+CBEXS" será em 18 de setembro, às 18h30, pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=0y6BSD1eexE. O tema será "Práticas Regulatórias e o Papel da Agência Nacional de Saúde (ANS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)".
Todo o conteúdo das palestras ficará disponível no canal do ILP e da Alesp no Youtube.
Saúde Pública
Segundo Denizar Vianna, o Brasil investiu 9% do Produto Interno Bruto (PIB) em despesas com Saúde em 2023, sendo que mais da metade dos recursos foi investido no setor privado, que abrange os planos de saúde e gastos particulares com medicamentos e consultas.
Ainda de acordo com o especialista, isso gera uma desigualdade de recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS), que obrigatoriamente precisa cobrir toda a população.
Além disso, o envelhecimento da população, o aumento da expectativa de vida e o avanço nas tecnologias, cada vez mais sofisticadas, causam uma pressão cada vez maior nas contas públicas.
"Essa realidade representa um risco demográfico na Saúde, principalmente para o SUS. Por isso, o desafio atual é melhorar a gestão do SUS e a alocação de recursos nas três esferas governamentais [União, Estados/Distrito Federal e Municípios] para prover os cuidados necessários", explicou Vianna.
Saúde Privada
Diferentemente ocorre com as operadoras de planos de saúde, que são reguladas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Elas funcionam como intermediárias, por meio do pagamento e contratação de de hospitais, laboratórios de análises clínicas e profissionais do segmento.
"Em 2023, o setor suplementar gerou 237 bilhões de reais, já o orçamento do Ministério da Saúde para o SUS, que precisa cobrir toda a população, correspondeu a 200 bilhões", pontuou Vianna.
Assista ao evento, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp: