Um ato solene realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, na última sexta-feira (14), comemorou o Dia Estadual das Filhas de Jó. O evento foi solicitado pela deputada Marina Helou (Rede) e ocorreu no Auditório Paulo Kobayashi. Filhas de Jó é uma ordem fundada em 1920 nos Estados Unidos que existe no Brasil desde 1972. A organização busca reunir moças e aprimorar nelas os princípios de liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual. A data comemorativa foi instituída pela Lei 13.838/2009. A célula primordial da ordem é chamada Bethel (que significa "Casa de Deus"). As reuniões ocorrem em templos maçônicos e são organizadas pelas próprias integrantes, com o auxílio de adultos ligados à maçonaria, conhecidos como Guardiões. Segundo Giulia Benachi, apicultora do Bethel (cargo associado ao Conselho Guardião)número 7 Damasco de Santos, o principal objetivo é reunir as meninas que possuem interesse na Filhas de Jó para aprender sobre a ordem de uma forma lúdica e de acordo com a sua idade, participando de atividades filantrópicas e cerimônias abertas. "Se desejarem [as meninas] podem iniciar na Ordem Filhas de Jó internacional, quando atingirem a idade mínima de dez anos", declarou. De acordo com uma das meninas da ordem, Julie Isabele Cunha Lopes, do Bethel número 27 de Mariporã, ser filha de Jó vai muito além de usar uma túnica branca, articular a oratória de forma sutil e desenvolver a liderança. "Ser filha de Jó é estar ciente que estamos em um local de harmonia, coragem e pertencimento. Betel, segundo o dicionário, é uma palavra de origem hebraica, cujo significado é local sagrado. O Bethel vai muito além de um cargo, ritual e reuniões. De maneira instintiva, torna-se um lar de alegria, fraternidade e sororidade, sendo um local de acolhimento em que diversas moças estão dispostas a serem melhores todos os dias", completou.