Marcado por grande comoção e homenagens, o velório da cantora Gal Costa ocorre no Hall Monumental da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, nesta sexta-feira (11), até as 15h, com visitação aberta ao público. O acesso ao local, exclusivo para pedestres, é por meio do portão localizado na Avenida Pedro Álvares Cabral, 201, em frente ao Parque do Ibirapuera. O enterro será restrito aos amigos e familiares no Cemitério da Consolação, às 16h. Último Adeus Familiares, amigos e fãs da cantora, que era uma das maiores vozes da MPB, estão fazendo sua última despedida. Alguns deles trouxeram cartazes, discos, camisetas e flores para a última homenagem à artista. Entre os fãs, estava Maurício Brás, 61, que carregava consigo um dos discos da cantora. "A Gal deixa um legado inigualável para a música popular brasileira. Tinha uma voz extremamente afinada e estava na primeira linha dos artistas brasileiros", comentou. A inconfundível voz também encantou gerações mais novas. Marcel Aracaque de Carvalho, 29, fez questão de prestar sua última homenagem. "A Gal significa, para mim, não só um grito de resistência, mas, também, uma representatividade muito grande. Ela é uma estrela, que irá brilhar cada vez mais", disse, emocionado. Personalidades Além da presença de familiares, como a companheira Wilma Petrillo e o filho Gabriel, o velório também recebeu a visita de diversas personalidades importantes e artistas brasileiros. Um deles é o apresentador Serginho Groisman, admirador e amigo de Gal. "Ela foi uma das vozes mais incríveis que a gente teve. Tinha uma postura de liberdade e abria os braços para novos artistas", afirmou. Entre os demais nomes que marcaram presença na despedida, para suas últimas homenagens, estavam a futura primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, mais conhecida como Janja; a apresentadora Bela Gil, a cantora Zélia Duncan e as atrizes Sophie Charlote e Lúcia Veríssimo. Legado Aos 77 anos, Gal Costa deixa uma história de sucesso e admiração. Com 57 anos de carreira, ela foi a responsável por consagrar diversos sucessos musicais, como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal" e "Barato total". Nascida na Bahia, em 1945, Maria da Graça Costa Penna Burgos começou a vida artística em 1965, quando gravou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ao longo de sua trajetória, ela misturou diversos estilos e gravou canções de vários compositores, como Cazuza, Michael Sullivan e Paulo Massadas. A cantora havia subido aos palcos recentemente, tendo participado, inclusive, do Festival Coala, em setembro. Gal Costa morreu na quarta-feira (9). A causa da morte não foi divulgada pela família. No entanto, dias antes, ela tinha feito uma cirurgia para retirada de um nódulo nas fossas nasais.