Lei aprovada na Alesp promove combate e prevenção ao câncer de colo de útero nesta quinta, dia 10

Celebração é lei desde 2013 no Estado de São Paulo
10/03/2022 12:14 | Celebração | Luccas Lucena

Compartilhar:

Imagem ilustrativa (fonte: Shutterstock)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2022/fg283179.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nesta quinta-feira (10), é celebrado o Dia Estadual de Combate e Prevenção ao Câncer de Colo de Útero. A lei, aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, existe desde 2013, quando foi aprovado o Projeto de Lei 326/2012, de autoria da ex-deputada Ana Perugini. Em 2021, ela passou a integrar o Código Paulista de Defesa da Mulher, com a aprovação da Lei 17.431/2021, também aprovada na Alesp.

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), anualmente são diagnosticados 16.370 novos casos e 8.079 mortes dessa doença no Brasil. Em São Paulo, 2.970 casos de câncer de colo de útero foram diagnosticados no ano de 2020. Já no ano de 2021, foram 1.330 casos diagnosticados, registrando uma queda de 55,2%, de acordo com dados do TabNet, plataforma de dados do Ministério da Saúde.

Causa

O câncer de colo de útero pode ser causado pelo Papilomavírus Humano (HPV). Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo, conhecido também como Papanicolau, e são curáveis na quase totalidade dos casos.

Desde 2014, o Ministério da Saúde incluiu a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos no calendário vacinal. Em 2017, a pasta estendeu o imunizante para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina protege contra os tipos 6 e 11, que causam verrugas genitais, e o 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero.

De acordo com o hospital A.C. Camargo, especializado no tratamento de câncer, o Papanicolau é o principal exame preventivo de detectar lesões que podem vir a desenvolver a doença. É um procedimento simples que analisa amostras de células recolhidas do colo do útero por meio de raspagem com uma espátula e escovinha. O material é analisado em laboratório e pode detectar lesões pré-cancerosas.

Caso o Papanicolau identifique células anormais, é necessário realizar a colposcopia e a biópsia. A colposcopia permite examinar o colo do útero por meio de um aparelho chamado colposcópio, que se assemelha a um binóculo com lentes de aumento. Ele produz uma imagem ampliada, entre 10 a 40 vezes, que possibilita que o médico identifique lesões imperceptíveis a olho nu.

O diagnóstico definitivo é feito por meio de biópsia, que é a retirada de uma amostra de tecido para ser analisada em laboratório e verificar se há células cancerosas.

alesp