Dia Estadual de Combate à Hepatite busca informar e conscientizar população sobre doença

Legislação incentiva campanhas sobre os tipos de hepatite e riscos à saúde
19/05/2021 11:38 | Conscientização | Beatriz Lauerti

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A maioria das pessoas não sabe, mas a hepatite é uma doença que pode não apresentar sintomas. Por isso, a informação e conscientização das pessoas são fundamentais para combater as hepatites.

No Estado de São Paulo, a Lei 13.923/2010, aprovada em 2010 pelos parlamentares da Assembleia Legislativa estadual, estabelece o dia 19 de maio como a data de combate às hepatites.

O objetivo, segundo a justificativa da proposta, é divulgar entre profissionais da área e a população, a realidade daqueles que convivem com a doença e também promover campanhas para estimular o desenvolvimento de políticas públicas para que esses indivíduos tenham seus direitos e sua cidadania garantidos, além de tornar mais acessíveis as informações sobre essa condição e os possíveis tratamentos.

A hepatite é causada por um vírus com os tipos A, B, C, D e E, e pode levar à degeneração do fígado. Outros fatores de risco podem ser o consumo excessivo de álcool e uso contínuo de medicamentos com substâncias tóxicas para o corpo. A icterícia, urina de cor alterada e olhos amarelados são alguns sintomas.

A condição pode ser crônica e os motivos mais comuns para isso são os vírus A e B, além do uso contínuo de medicamentos. Nestas situações, há a possibilidade de que o paciente seja aconselhado por um especialista a usar antivirais. No caso da hepatite A, conhecida pela sigla HAV, ela pode ser contraída através de água e alimentos contaminados, e também é sexualmente transmissível. Assim, a indicação é evitar esses fatores e usar métodos preventivos, respectivamente.

Raymundo Paraná, médico hepatologista e professor da Universidade Federal da Bahia, explicou as principais formas de transmissão e revelou que os tipos B, C e D da doença são as mais preocupantes, porque agem de maneira silenciosa e rapidamente. "As hepatites do tipo B, C e D são variantes transmitidas pela via sexual ou pelo compartilhamento de instrumentos cortantes. Já os tipos A e E são transmitidos por alimentos e água contaminados", disse.

A deputada Edna Macedo (Republicanos) alertou para os casos assintomáticos. "A hepatite C é uma doença silenciosa, assim como a diabetes, pressão alta, o câncer e outras. A arma de que dispomos para evitá-la é a prevenção através de exames periódicos de sangue específicos para a detecção", disse.

A forma B também pode agir de maneira silenciosa. Em algumas situações, a doença traz complicações como a cirrose e a insuficiência do fígado. A hepatite C é a mais comum e é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, foram mais de 384 mil diagnósticos positivos entre 1999 e 2019.

As medidas mais comuns de combate à doença são a vacinação, campanhas informativas e evitar os fatores de risco. Existem imunizantes para os tipos B e D disponíveis para toda a população. Já no caso do tipo A, as vacinas são só para crianças. Para a hepatite C, há medicamentos que permitem a cura, diferente da forma B, que é apenas controlável.

alesp