Na quarta semana do mês de abril, o Estado de São Paulo fortalece a conscientização sobre a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), que é definida como uma endocrinopatia crônica e, muitas vezes, grave que afeta parte da população feminina. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a condição atinge entre 5% e 21% das mulheres em idade reprodutiva. A ginecologista Marianne Pinotti explica que a síndrome tem uma origem genética e pode ser identificada a partir de vários sinais. Dentre eles, estão ciclos menstruais irregulares, dores abdominais e o aumento na absorção ou produção de testosterona feminina, o que pode causar sintomas como queda de cabelo, oleosidade capilar, acnes e excesso de pelos. A médica diz ainda que existem sintomas que estão ligados ao metabolismo do açúcar. "Algumas mulheres com a Síndrome do Ovário Policístico tem uma resistência a insulina, que é a mesma coisa que uma pré-diabete. É necessário tratar isso, porque, colocando em ordem essa parte do açúcar, também haverá uma melhora hormonal", afirma. Marianne pontua que hábitos de vida saudáveis e dietas são pontos fundamentais para quem convive com a condição, já que o sobrepeso também é uma das consequências da síndrome. "Atividades físicas são boas para todos e mais ainda para essas mulheres", disse. Uma das consequências que mais preocupa essas pacientes é a dificuldade para engravidar, mas, segundo a ginecologista, hoje existem vários recursos que facilitam esse processo. "Controlando os sintomas e, se necessário, induzindo a ovulação, os profissionais conseguem ajudar na dificuldade de gerar filhos". A Semana Estadual de Conscientização sobre a Síndrome do Ovário Policístico é originária da Lei 16.410/2017, de autoria do ex-deputado Cezinha de Madureira.