A morte do senador Major Olimpio foi o principal assunto da Tribuna Virtual da tarde desta sexta-feira (19/3). Deputados prestaram condolências aos familiares e amigos de Olimpio e relembraram momentos vividos pelo senador. Major Olimpio foi deputado estadual por dois mandatos, entre 2007 e 2014. Em 2014, foi eleito deputado federal e, em 2018, senador, com nove milhões de votos. O mais votado para o cargo, nas eleições de 2018. A deputada Professora Bebel (PT) lembrou a atuação do então deputado estadual Major Olimpio na defesa do funcionalismo público. "De forma contundente, ele fazia a defesa do funcionalismo. Eu era militante sindical na época, ele muitas vezes ia até nosso caminhão de som e nos apoiava. Quando teve que ser crítico ao governo Bolsonaro, ele foi. Ele tinha coerência naquilo que acreditava". Carreira militar e política Companheiro de partido, o deputado Adalberto Freitas (PSL) recordou a trajetória política de Major Olimpio. "Ele iniciou a carreira em 1982 na gloriosa Academia de Polícia Militar do Barro Branco e se tornou um oficial brilhante. Em 2006, decidiu entrar para a política e, como em todas as atividades em que se envolveu, o fez com dedicação e empenho. Ainda em 2007, assumiu a cadeira de deputado estadual nesta Casa, foi reeleito em 2010. Em 2014 foi para Brasília, eleito deputado federal. Em 2018, coroou sua carreira, eleito senador com mais de nove milhões de votos. Vá em paz, amigo, irmão Major Olimpio, na certeza de que sua batalha seguirá". Sobre o atual momento da pandemia, Freitas pediu aos cidadãos que fiquem em casa. "Conversei com algumas pessoas da equipe médica do Hospital Albert Einstein, que me confirmaram que a crise pior ainda está por vir. Não há perspectiva de melhora do quadro. Peço que procurem ficar em casa". As homenagens ao parlamentar seguiram. O deputado Coronel Telhada (PP) conhecia o senador havia mais de 42 anos. "Estive no Hospital São Camilo junto com o Delegado Olim, ajudei a carregar o caixão dele para o carro de bombeiros, o corpo dele vai ser cremado no crematório de Guarulhos. Conheço o Olímpio desde 1979, quando ele já estava na Academia Militar do Barro Branco. Teve uma bela carreira na Polícia Militar, sempre foi uma pessoa inteligente, um atleta símbolo da Academia. Sempre era um dos primeiros colocados", comentou. Telhada destacou que Major Olimpio foi o primeiro policial militar eleito senador da República. "É uma perda insubstituível não só para a polícia, não só para a política, mas para São Paulo", homenageou Telhada. Para a deputada Janaina Paschoal, o fato de o senador ser atleta nos alerta para o fato de que "pessoas saudáveis, que praticam esportes, também podem pegar Covid-19, também podem ter a forma agravada e podem falecer dessa doença". Janaina também falou sobre a gravidade da doença. "Apesar de ser senador e ter tido condições de ter um tratamento, Major Olimpio morreu, demonstrando que a doença é grave". A deputada também afirmou que o senador jamais foi um negacionista. "Ele participou de alguns protestos sempre usando máscaras, sempre de maneira responsável, jamais com cartazes negando a doença", ressaltou. Janaina alertou que é preciso respeitar a seriedade dessa doença. "Não importa a ideologia, o partido, a religião, é preciso ter cautela". Defesa do funcionalismo O deputado Carlos Giannazi (PSOL), que também foi eleito deputado estadual em 2007, juntamente com Major Olimpio, relembrou os oito anos de convivência na Alesp. "Foi um grande aliado da nossa luta em defesa dos servidores públicos. Nos ajudava muito defendendo os servidores da educação, do Judiciário, na pauta dele de segurança pública. Foram dois mandatos intensos de oposição ao tucanato, fez oposição ao Serra e ao Alckmin. Enquanto esteve aqui teve uma participação fundamental nas nossas lutas em defesa dos trabalhadores. Quando foi para a Câmara dos Deputados abraçou outras pautas, mas gostava da pessoa dele, uma pessoa muito honesta, muito séria", afirmou. Giannazi também ressaltou que o senador Major Olimpio havia sido aliado do presidente Bolsonaro, "mas rompeu e fez críticas severas ao Bolsonaro e seus filhos". "Deixo meu abraço solidário e fraterno para a família e amigos", finalizou Giannazi.