As audiências públicas realizadas para debater o orçamento estadual de 2020 chegaram ao fim nesta quarta-feira (23/10). A última audiência foi realizada na Assembleia Legislativa e contou com a participação de deputados de várias siglas, da população e de movimentos sociais. Durante o encontro, os inscritos puderam apresentar indicações para o orçamento e apresentar áreas que deverão receber mais investimento para atender a população.

As principais reivindicações do público foram para a cultura, educação, habitação e para o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo). Os participantes destacaram que o orçamento nestas áreas sofreu cortes e que seria necessária uma receita maior para a manutenção de diversos serviços.

Apesar das inscrições para a participação terem se encerrado às 14h, deputados de diversas siglas cederam seu tempo de fala para o público.

O 1º secretário, deputado Enio Tatto (PT), compôs a mesa da audiência e acompanhou os pedidos. "Todas as categorias da população vieram, do funcionalismo, da área da saúde, da educação, da cultura. Infelizmente o orçamento que chegou do Executivo é um dos piores que já chegaram aqui. Um governo que precisa aumentar a receita na segurança pública, em detrimento da educação e da cultura, é um governo que não tem perspectiva nenhuma", comentou Tatto. Por fim, acrescentou que farão o possível para atender ao menos parte das demandas apresentadas.

O deputado Dirceu Dalben (PL) conduziu parte dos trabalhos e afirmou que a audiência foi dentro do escopo. "Muito participativa, e em parte muito clamorosa, mas se encerrou tudo bem. O importante é a democracia e a função da audiência é essa mesmo: dar a oportunidade de as pessoas falarem e trazerem sua sugestão, e por meio dessas informações, nós iremos trabalhar junto ao orçamento para ver o que será possível melhorar. Agradeço a toda a equipe que me ajudou a conduzir de boa forma", agradeceu Dalben.

Líder da bancada do PSL, o deputado Gil Diniz (PSL) também acompanhou de perto todas as atividades. "É muito bom vir participar e ouvir as demandas da população. Terminam as audiências, e agora o trabalho é nosso. Na medida do possível vamos trabalhar o orçamento para atender as demandas legítimas da população. É difícil, pois às vezes o cobertor é curto, e quando você puxa de um lado, descobre o outro. Iremos buscar um equilíbrio nisso, e estamos ouvindo os secretários e o próprio governo. Temos uma postura crítica ao governador, mas precisamos entender quais são as prioridades do estado", explicou.

A última audiência pública do orçamento foi presidida pelos deputados Wellington Moura e Dirceu Dalben, presidente e vice-presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP). A reunião contou com a participação dos parlamentares Adalberto Freitas, Beth Sahão, Carla Morando, Carlos Giannazi, Castello Branco, Delegado Olim, Douglas Garcia, Dr. Jorge do Carmo, Enio Tatto, Gil Diniz, Gilmaci Santos, Isa Penna, Marcia Lia, Monica da Bancada Ativista, Paulo Fiorilo, Professora Bebel, Ricardo Mellão, Tenente Nascimento e Teonilio Barba.