Historicamente a maçonaria é rodeada por mitos. Ou por se tratar de uma sociedade secreta ou por algumas pessoas acreditarem ser uma seita mística. Sendo assim, a sessão solene em homenagem ao dia da maçonaria serve, além de destacar o trabalho da entidade, para que a população conheça melhor o grupo. "Nós temos um caráter de respeito à nacionalidade, ao respeito cívico, ao respeito às religiões que cada um tem dentro de si. Não somos uma seita, somos uma associação que trabalha para o aprimoramento e aperfeiçoamento da sociedade de uma maneira geral", declarou o grão-mestre Fernando Fernandes, do Grande Oriente Paulista, que diz qual o papel da maçonaria na sociedade. As principais instituições maçônicas regulares de São Paulo estiveram presentes à sessão solene no parlamento paulista. Raimundo Hermes Barbosa, grão-mestre em exercício do Grande Oriente de São Paulo (GOSP) exaltou a presença das entidades na casa legislativa. "Hoje se reúnem aqui as três potências do Estado de São Paulo, que são "O Grande Oriente", as "Grandes Lojas" e o "Grande Oriente Paulista". Essas três entidades unidas certamente formam a maior maçonaria da América Latina". O deputado Itamar Borges (MDB) destacou o papel da maçonaria na sociedade brasileira e paulista. "Na condição de proponente fico muito feliz em fazer esse reconhecimento. A maçonaria presta um grande serviço à sociedade. Um serviço que dá apoio às causas sociais". Segundo o GOSP, há no Brasil cerca de 214 mil homens que sejam membros da ordem maçônica. A história da maçonaria A palavra "maçon" vem do francês e quer dizer "pedreiro", já que os primeiros membros da ordem eram construtores de catedrais e monumentos. A ordem surgiu no Brasil em 1822, mesmo ano em que um movimento de maçons liderados por Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrade e Silva culminou na Proclamação da Independência do Brasil.