Assembleia Legislativa homenageia centenário do samba
09/12/2016 18:15 | Da Redação Keiko Bailone Fotos: Maurício Garcia de Souza







"Leci é a embaixatriz, a poetisa e o sol do samba. Em cada palavra dela, há exaltação ao samba. E o samba é inspiração, é brasileiro, vive na alma das pessoas 365 dias por ano", afirmou o deputado Campos Machado (PTB), ao discursar na sessão solene de sexta-feira, 2/12, que comemorou o Dia Nacional do Samba.
O presidente Fernando Capez saudou os presentes que lotaram o Plenário Juscelino Kubitschek para participar das comemorações, cujo ponto alto foi a homenagem prestada às personalidades proeminentes desse gênero musical. São eles: Ignez Francisco da Silva, a Dona Inah, cantora que se apresentou em Paris, Marrocos e Cuba, prêmio Tim da Música na categoria Revelação e com três discos gravados; Antonio Carlos "Tonheca", passista, chefe de ala, que atuou primeiramente como diretor de harmonia e, sucessivamente, de compras e barracão da Escola de Samba Barroca Zona Sul; Moisés da Rocha, radialista, pioneiro ao apresentar na rádio Universidade de São Paulo FM, em 1978, o programa O Samba Pede Passagem, inteiramente dedicado ao samba; Osvaldo Barros, o Osvaldinho da Cuíca, ex-integrante do Demônios da Garoa, fundador da ala dos compositores da Vai Vai e primeiro Cidadão Samba Paulistano, em 1974; e Dona Maria Esther do Samba de Bumbo de Pirapora do Bom Jesus, cidade considerada berço do samba paulista. Dona Maria Esther de Camargo Lara, a Dona Esther, é quem mantém viva a tradição do Samba de Roda. Foi ela também quem ajudou a fundar a primeira escola de samba de São Paulo, a Lavapés.
Além destes expoentes do samba, também foram homenageadas a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo e as Comunidades Sibipiruna (de Campinas) e Terreiros de Compositores (da Capital), em reconhecimento às ações de caráter coletivo de projetos que contribuíram para a inovação permanente do samba como expressão de cultura popular.
O reconhecimento ao samba
Em seu discurso de abertura, a deputada Leci Brandão (PCdoB) reafirmou compromisso de seu mandato para que "o olhar do poder público esteja cada vez mais focado no samba, que não é apenas um gênero musical, mas uma cultura, um modo de ser e de existir no mundo". Lembrou que a aprovação da Lei 15.148/2013, que instituiu o Dia das Tias Baianas Paulistas, e da Lei 15.690/2015, que declarou o samba patrimônio cultural imaterial do Estado, rendia homenagem a Dona Maria Esther. Referiu-se também à sanção, em âmbito municipal, do estatuto do samba paulista e ao projeto de sua autoria, PL 425/2016, que declara o programa O Samba pede Passagem patrimônio cultural imaterial do Estado. Mais adiante, Leci Brandão exortou à luta pelo samba e suas tradições, pela preservação das suas heranças e afirmação da sua singularidade e identidade. "O samba não é só Carnaval", resumiu.
Maurício Pestana, secretário municipal da Igualdade Racial, enfatizou que a história do samba se confunde com a do negro no Brasil, já que sua origem remonta aos batuques trazidos pelos africanos que vieram escravizados para cá. Os ritmos do batuque receberam mais tarde a influência de outros gêneros musicais até resultar no samba, "manifestação popular que por muitos anos permaneceu na marginalidade e foi relegado a um papel secundário pela elite branca do Brasil".
Ainda sobre a história do samba, Pestana contou que uma nova organização da sociedade brasileira acabou assimilando esse gênero musical. Composições e interpretações conquistaram espaço definitivo na cultura brasileira, a exemplo de Tico-Tico no Fubá, de Carmen Miranda. Pestana ressaltou, entretanto, que somente com a Bossa Nova o samba atingiu de fato a classe média, caracterizando-se como produto de exportação.
"O samba hoje é mais do que uma simples manifestação popular. É um negócio de turismo e entretenimento que movimenta parcela significativa da economia, gerando empregos diretos e indiretos. Só que essa cadeia produtiva não está sendo compartilhada com quem ajudou a construí-la, os negros", lamentou Pestana.
Marcos Abrahão, o Marquinhos, representante da Associação das Comunidades de Terreiro do Samba do Estado de São Paulo (Astec), complementou a fala de Pestana, enfatizando que "samba nós já sabemos fazer; agora, chegou o momento de se pensar em política pública para o samba".
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