Realizou-se na Assembleia Legislativa, no dia 30/6, por iniciativa da deputada Márcia Lia (PT), o ato-debate "Ítalo Presente!", movimento que alega genocídio da infância e juventude preta, pobre e periférica. Participaram do evento, que teve como tema o repúdio à violência policial, diversas entidades de defesa dos direitos humanos e representantes do movimento negro. O ato visou chamar a atenção para o alto número de assassinatos de jovens brasileiros cometidos por agentes de segurança, que ocorrem principalmente nas periferias das grandes cidades. As vítimas são geralmente jovens pretos e pobres, o que leva as entidades de direitos humanos a classificar essas mortes de genocídio. Segundo relatório da Ouvidoria das Polícias do Estado, desde 2010, 184 jovens foram vitimados após abordagens feitas pela Polícia Militar paulista, o que dá a média de dois adolescentes mortos por mês. O relatório aponta que 130 vítimas tinham menos de 16 anos, 45 dos jovens tinham menos de 15 anos, oito tinham menos de 14 e um, o menino Ítalo, era menor de 13 anos. Segundo pesquisa divulgada em julho de 2015 pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) 28 crianças e adolescentes são assassinados por dia no Brasil. A deputada Márcia Lia, coordenadora da Frente Parlamentar pela Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes, aprovou requerimento na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais (CDH) para criar naquele órgão a subcomissão permanente da Criança e Adolescente. Ela coordenará a subcomissão, da qual participam os deputados Beth Sahão (PT), Carlos Bezerra Jr. e Coronel Telhada (ambos do PSDB). A subcomissão se reunirá no próximo dia 3/8, às 10h.