Professores apresentam reivindicações em audiência na Assembleia Legislativa
22/04/2015 20:48 | Da Redação Fotos: Vera Massaro e José Antonio Teixeira

















Professores da rede estadual de ensino, em greve há 40 dias, foram recebidos na Assembleia Legislativa em audiência pública nesta quarta-feira, 22/4, que lotou as galerias e o plenário Juscelino Kubitschek. A abertura da audiência coube ao presidente da Assembleia, deputado Fernando Capez, elogiado pelos professores pela iniciativa de promover a audiência. Capez agendou nova audiência pública, na Casa, com os professores para a próxima quarta-feira, 29/4, à tarde.
Os professores reivindicam reajuste salarial de 75,33% (que promoveria equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, conforme a meta 17 do Plano Nacional de Educação), melhores condições de trabalho, aumento do valor dos vales transporte e alimentação, aceleração dos processos de aposentadoria, entre outras demandas. A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, abriu a participação dos professores, pedindo a intermediação do Legislativo para a solução da greve. Seu papel seria o de facilitar a abertura de negociação entre o governo e grevistas.
Seis representantes da categoria subiram à tribuna para apresentar as reivindicações e relatar o atual quadro da Educação no Estado. Eles ainda reclamaram de perícias médicas realizadas sem critério, o que obriga professores a trabalhar sem condições de saúde adequadas. Para eles, o movimento grevista vai além de uma campanha salarial, lutando para melhorar a educação no Estado.
Palavra dos parlamentares
Capez destacou que o formato da audiência, com 10 minutos para que seis representantes da Apeoesp ocupassem a tribuna primeiramente, seguidos de seis deputados, é inédita. Reunião anterior entre os líderes partidários e os do movimento definiu o formato. "Os deputados estão aqui principalmente para escutarem, mas também para manifestarem sua concordância ou não com a greve", afirmou.
Geraldo Cruz, líder do PT, corroborou as palavras de Capez, dizendo que a audiência é histórica na Assembleia. "A luta dos professores é justa e será vitoriosa", acredita Cruz que elogiou a iniciativa do presidente Capez de propor a audiência, permitindo, apesar de restrições no Regimento da Casa, que os grevistas se manifestassem durante a sessão ordinária. "Para que a audiência tenha efeito, é importante que haja uma atitude do governo em relação às reivindicações do professorado."
O líder do PSOL, Raul Marcelo, disse que "o governo considera que os grevistas estão na ilegalidade, mas o direito de greve é constitucional, como também é constitucional o pagamento de salários na mesma base de valor para quem tem nível superior no funcionalismo".
Carlos Giannazi (PSOL) enfatizou que a Assembleia não pode aceitar que o governo prossiga ignorando o Plano Nacional da Educação, desrespeitando os direitos de professores e alunos no Estado. Giannazi informou que apresentou projetos que revogam leis consideradas autoritárias pela categoria.
Professor Auriel (PT) elogiou Capez pela conduta democrática com que tem tratado os professores. "A greve é justa", declarou. O deputado se referiu ainda aos professores, que promovem um movimento organizado e pacífico.
Beth Sahão, líder da Minoria, disse que "a categoria é unida, consciente de seus direitos e deveres". Beth reiterou o apoio do PT, do PSOL e do PCdoB aos grevistas e falou que estão à disposição para intermediar a pauta dos professores junto ao governo.
Leci Brandão, líder do PCdoB, afirmou que "se no Estado houvesse mais investimentos em educação, a realidade seria outra". Ela destacou a ação democrática do presidente do Parlamento paulista, que respeitou o direito de manifestação do professorado.
João Paulo Rillo (PT) defendeu que lugar do professor é também reivindicando melhorias para a educação num movimento de greve. "Eu também quero o professor na sala de aula, mas com condições dignas de trabalho para oferecer uma educação de qualidade."
Luiz Carlos Gondim, líder do SD, destacou a precariedade de atendimento médico oferecido aos professores no Estado. Ele, como seus antecessores, elogiou a a presidente da Apeoesp, Maria Isabel Noronha, pela força e liderança.
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