Brasil deve propor mudança no critério de ranqueamento olímpico, afirma especialista
14/04/2015 21:45 | Da Redação - Fotos: Maurício Garcia




Depois da abertura solene na noite de segunda-feira, 13/4, a quinta edição do seminário Esporte, Atividade Física e Saúde deu início a seu ciclo de palestras na manhã desta terça-feira, 14/4, abordando o tema Ranqueamento dos Participantes dos Jogos Olímpicos - Desafios!, sob a responsabilidade do presidente do Conselho Federal de Educação Física (Confef), Jorge Steinhilber.
Ele propôs que o Brasil, como sede da próxima Olimpíada, mude os critérios de ranqueamento dos países, não mais considerando o número de medalhas de ouro ou a soma das medalhas recebidas em cada modalidade, mas sim o número de atletas que foram medalhistas.
"Este seria um critério mais justo e democrático. A contagem, como tem sido feita atualmente, destaca os esportes individuais em detrimento dos coletivos. É uma tremenda injustiça", afirmou Steinhilber.
Para ele, seria justo computar o número de medalhas de todos os jogadores da modalidade. Assim, por exemplo, a medalha conquistada por uma equipe de vôlei não deveria ser contada como apenas uma, mas como 12, já que esse foi o número de atletas contemplados na premiação.
O presidente do Confef comparou a posição do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, com base nos três critérios. Se computadas apenas as medalhas de ouro, o país ficou em 23º lugar; se considerada a soma de medalhas de ouro, prata e bronze, subiria para 17º. Mas se o parâmetro fosse o número total de atletas que receberam medalhas, o Brasil ficaria em 8º lugar.
Competição de atletas
Segundo Steinhilber, "a Carta Olímpica define os Jogos como uma competição entre atletas, não entre países". O ranqueamento de países é, segundo ele, uma iniciativa da mídia e remonta ao período da Guerra Fria, em que Estados Unidos e União Soviética competiam até pelo número de medalhas de ouro conquistadas. Ele ponderou que posteriormente, quando a China conquistou mais medalhas de ouro que os EUA, nos Jogos de 2008, a mídia ocidental mudou o critério de ranqueamento, passando a contar a soma dos três tipos de medalha.
"Por que os esportes individuais valem mais que os coletivos? Que regra é essa utilizada pela mídia para dizer que a medalha obtida numa corrida vale o mesmo que uma medalha ganha por uma equipe de vôlei ou handebol?", questionou Steinhilber.
A realização da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro seria "a oportunidade de manter uma ampla discussão com a mídia para que façamos uma mudança nessa forma de contagem", concluiu o dirigente da Confef. Ele reconheceu, no entanto, que essa é uma empreitada difícil.
Steinhilber também discutiu no encontro o chamado legado intangível dos grandes eventos esportivos, referindo-se à incapacidade de eles gerarem políticas públicas, programas e projetos que transformem o esporte em elemento de cidadania, inclusão social e promoção da saúde integral para a população, tanto no Brasil como em outros países. E isso, para ele, independe da performance calculada pelo número de medalhas.
"Não há dúvida de que os Estados Unidos são grandes medalhistas. E no entanto é o país com maior índice de obesos e sedentários na população. De forma semelhante, o Brasil está entre os dez primeiros classificados em Paraolimpíadas, mas isso acaba não se refletindo na promoção da acessibilidade", exemplificou.
Ainda no período matutino, os participantes do seminário ouviram a palestra do médico Leandro Calazans Nogueira, do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), com o tema A Importância da Atividade Física na Promoção da Saúde de Indivíduos com Dores Musculoesqueléticas. Segundo Calazans, dados da Organização Mundial da Saúde revelam que a principal causa de incapacitação da população mundial são as dores musculoesqueléticas, com as dores lombares em primeiro lugar.
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