A Assembleia Legislativa promoveu nesta segunda-feira, 24/2, o Primeiro Encontro dos Assessores de Comunicação, para debater o uso das ferramentas de comunicação para aproximar o deputado dos cidadãos.

Na abertura do encontro, o secretário-geral de Administração, Hubert Alqueres, destacou os mecanismos que já funcionam no Legislativo paulista e que servem de apoio aos assessores de imprensa como o portal, o Diário Oficial (DO), a TV Alesp, a rádio e os instrumentos de comunicação visual. Adiantou que há um estudo para compilar os artigos enviados pelos assessores ao DO em um livro, para "mostrar a riqueza e a diversidade de pensamento, fundamentais em uma democracia". Acrescentou que a TV Alesp é um exemplo de mecanismo que serve para mostrar o trabalho do deputado e que a ideia é tornar a rádio Alesp mais atuante para chegar a comunidades regionais.

Ana Cláudia Carletto, diretora de Comunicação da Assembleia, destacou que a comunicação no serviço público coloca o trabalho dos assessores a serviço dos cidadãos, "levando transparência na gestão". Acrescentou que já existe o comprometimento do Parlamento nesse sentido e que o objetivo atual é levar a informação, em tempo real, "aos 40 milhões de clientes indiretos que são os cidadãos de São Paulo".

Dirigindo-se especificamente aos assessores de imprensa, Ana Cláudia reafirmou que críticas acabam desvalorizando instituições democráticas, mas que o papel do comunicador público é o de desmistificar isso, mostrando o trabalho do parlamentar.

Divisões

Os três gestores das divisões do departamento de Comunicação, Mônica Menezes, da Comunicação Social; Maria de Fátima Alves Duarte, da Rádio e Tevê; e Sérgio Fernandes, da Imprensa, apresentaram aos assessores presentes os diversos meios de comunicação da Assembleia. Na Divisão de Comunicação Social, Mônica Menezes informou sobre as listagens com nomes e cargos de autoridades, e o cadastro de 30 mil nomes que os assessores podem utilizar para fazer convites eletrônicos dos eventos.

A gestora de Rádio e TV comunicou que o objetivo da TV Alesp é o de aproximar os deputados dos cidadãos e, portanto, cenários, vinhetas e programas novos fazem parte da reestruturação da emissora.

Sérgio Fernandes referiu-se ao Parlamento, como uma "casa plural", razão pela qual a Divisão de Imprensa serve a todos os partidos, através da Agência de Notícias, "muito utilizada pela mídia externa", e o clipping diário. Lembrou que a revista Parlamento Paulista será editada até março deste ano. Sobre o calendário eleitoral, Fernandes observou que se trata de um ano atípico e com muitas restrições quanto ao material a ser divulgado pelo DO.

O diretor do Instituto do Legislativo Paulista (ILP), Roberto Tamura, também presente ao primeiro encontro com os assessores de Comunicação, adiantou que a Assembleia firmou contrato para a realização de reuniões nas 16 regiões administrativas do Estado. A ideia é debater o Índice Paulista de Responsabilidade Social com as lideranças dos municípios que apresentam indicadores mais baixos. Além disso, declarou que "se a Assembleia é do Estado, temos de ir para o interior, primeiro nas regiões administrativas e depois transformar as câmaras municipais em subsedes do ILP".

Na sequência, Murilo Macedo apresentou o site Info4, que vai disponibilizar para os assessores de comunicação um clipping eletrônico dos principais veículos do Estado, e Maurício Brusadin, diretor-executivo da Epolitics Posicionamento Digital, falou sobre o contexto histórico político e a internet.

Para Brusadin, a horizontalização das relações políticas criou um canal direto do cidadão com o político, e a rapidez das redes sociais originou o que os sociólogos chamam de crise de identidade. Brusadin chamou esse fenômeno de múltiplas identidades e explicou que "hoje as pessoas não podem ser compartimentadas como há 20 anos; agora as informações chegam de todos os lugares e de pessoas diferentes". Segundo ele, há hoje um novo eleitor e "é preciso entender quem está do outro lado; a estratégia política tem que mudar".