Ato na Assembleia marca posição contra o massacre ao povo sírio


12/09/2013 18:28 | Da Redação Fotos: Eduardo Olímpio

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Carlos Giannazi (ter.esq) e representantes do movimento Sírio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2013/fg129744.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ato marca posição contra o massacre ao povo sírio  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2013/fg129745.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Após um ano e cinco meses de um ato na Assembleia, organizado pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), em conjunto com o Comitê de Apoio à Revolução do Povo Sírio, novamente o líder do PSOL promoveu, no dia 5/9, na Assembleia novo debate sobre o massacre do regime de Bashar al-Assad, ditador da Síria, ao povo daquele país.

Participaram deste novo encontro, além do parlamentar, Mokhles Al Bannoud, da Oposição Síria no Brasil; Soraia Misleh, representante do Movimento Palestina Para Todos (Mopat); Mohamad El Kadri, presidente da Associação Islâmica de São Paulo (Assisp) e representante do Comitê de Apoio à Revolução do Povo Sírio; Amer Masarini, da Oposição Síria e coordenador dos refugiados sírios no Brasil; Moumtez Hachem El Orra, do Centro de Divulgação do Islã para a América Latina; Fábio Bosco, ativista da Frente de Defesa do Povo Palestino de São Paulo e militante do PSTU; e o representante do Diretório Nacional do PSOL, Israel Dutra.

Giannazi lembrou do primeiro ato feito na Casa em apoio ao povo sírio e contra a tirania. Disse que o propósito do debate é dar visibilidade ao que está acontecendo na Síria e envolver o Parlamento paulista para que se posicione quanto ao massacre.

Vídeo chocante

Depois de uma apresentação de dois vídeos que mostraram cenas cruéis - um no qual as forças de segurança do governo torturam soldados do povo revolucionário e outro com imagens chocantes de crianças vítimas do gás sarin -, as lideranças e a plateia se manifestaram contrárias à ditadura síria, deram dados alarmantes do conflito, enfatizaram o caráter libertário e pacífico dos sírios, agradeceram ao apoio dos partidos à mesa representados e cobraram do governo brasileiro uma atitude na facilitação da vinda de refugiados. Informações dão conta de que o Brasil tem exigido, nas embaixadas dos países fronteiriços, perfil de turistas aos sírios que fogem da violência e agido com morosidade na tramitação de papeis, "colocando em risco de morte muitos dos refugiados".

Como encaminhamentos, Giannazi sugeriu a criação imediata, na Assembleia, de uma frente parlamentar suprapartidária em defesa do povo sírio. Também enviará cópias das notas taquigráficas e dos vídeos do ato aos governos brasileiro e sírio. Para o deputado, a omissão mundial com relação aos acontecimentos na Síria causa "perplexidade".

Outras ações devem ser tomadas a partir deste encontro pelo conjunto dos participantes como uma moção ao governo brasileiro para facilitar os vistos aos refugiados e providenciar uma melhor assistência tanto aos que vão chegar quanto aos que já se encontram em território nacional, além de um pedido formal para que o Brasil crie um "corredor humanitário" para entrar na Síria. Mais uma moção deve ser escrita para denunciar o cerco ao campo de refugiados de Yarmouk, formado por palestinos.

A ideia é também organizar uma manifestação pública no próximo dia 21/9, quando completa um mês o ataque com gás sarin promovido pelo ditador sírio.

alesp