Ato solene vai lembrar os 40 anos do golpe de Estado no Chile
09/09/2013 20:51 | Da Redação: Gabriel Cabral





Nesta quarta-feira, 11/9, no auditório Paulo Kobayashi, às 19h, ato solene conduzido por Adriano Diogo (PT) vai lembrar os 40 anos do golpe de estado no Chile e os tristes acontecimentos que marcaram a história do país latino-americano, que não faz fronteira com o Brasil, mas que guarda na memória a mesma truculenta ditadura militar por que passamos.
O dia 11 de setembro de 1973 é uma das datas mais significativas da história do Chile, já que marca a derrubada do regime democrático e constitucional do país e de seu presidente Salvador Allende. O ato foi articulado conjuntamente por oficiais da marinha e do exército chilenos, com apoio militar e financeiro do governo dos Estados Unidos, por meio da Central Intelligence Agency (CIA). Também houve a participação de organizações terroristas chilenas, como a Patria y Libertad, de tendências nacionalistas-neofascistas, encabeçada pelo general Augusto Pinochet, que se proclamou presidente do país após o golpe.
Salvador Allende havia sido eleito presidente com 36,2%, enquanto Jorge Alessandri conquistou 34,9% e Radomiro Tomic 27,8%. Allende almejava implantar o socialismo no Chile, na forma que ficou conhecida como "via chilena ao socialismo" ou "empanadas e vinho tinto". Allende assegurava a liberdade de imprensa, buscava o respeito à Constituição e investia em uma economia nacionalista.
Sistema chileno
Na época, a constituição do Chile previa que para eleger um presidente, era necessário o sistema de maioria dupla, que exigia a eleição pelo voto popular e pelo Congresso. As tabulações no Congresso para a eleição de Allende foi complicada, porém ele agradou à população, insatisfeita com a economia nas mãos de empresas estrangeiras incentivadas pelo governo anterior de Gabriel González Videla. Com Allende, a economia se nacionalizou mais, o que deixou os americanos insatisfeitos.
Após o golpe e o assassinato de Allende, a ditadura chilena perseguiu opositores e esquerdistas. Algumas versões da história veem a ditadura de Pinochet como o governo que procurou satisfazer todos os interesses americanos, tido assim como "a primeira experiência neoliberal no mundo".
Não diferente do Brasil e da Argentina, a ditadura chilena matou e sequestrou milhares de pessoas. Os militares no Chile usaram intensamente métodos de tortura e uma "técnica" de desaparecer com os corpos, emparedando os militantes.
A ditadura chilena perdurou por 26 anos sob os véus da censura, tortura, sequestro, assassinato e muita violência. Augusto Pinochet promulgou, em 1980, uma constituição que perpetuava seu governo. Isso levou ao aumento significativo de pressões feitas por grupos opostos. O movimento popular conquistou a realização de um plebiscito em 1987, que resultou na proibição da permanência de Pinochet na presidência. Dois anos depois, Patrício Aylwin foi eleito presidente, o que cessou o regime militar. Teve início a punição de militares envolvidos em crimes durante a ditadura.
Marcas do passado permanecem na história do Chile, que busca desde então retomar sua trajetória e cicatrizar as feridas que a violência ditatorial causou ao país.
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