Trabalhadores americanos participaram de seminário na Assembleia
26/06/2013 22:08 | Da Redação Fotos: Roberto Navarro






Trabalhadores norte-americanos da fábrica da Nissan participaram do seminário Defesa dos Direitos dos Trabalhadores e Combate ao Racismo, mediado pelo deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), realizado nesta quarta-feira, 26/6, na Assembleia Legislativa.
O objetivo do debate foi proporcionar um diálogo entre o Brasil e os Estados Unidos sobre a luta contra a discriminação racial aos trabalhadores. A Nissan, empresa automobilística estabelecida em vários países no mundo, possui uma filial no estado do Mississipi, nos Estados Unidos, e, de acordo com depoimentos de seus trabalhadores, tem apresentado uma prática antissindical. O deputado Luiz Claudio Marcolino lembrou que a Nissan foi a montadora que mais cresceu nos últimos anos no Brasil. No Mississipi, grande parte de seus trabalhadores são temporários e estão exigindo o direito à organização sindical, mas têm sofrido ameaças da empresa.
De acordo com Derrick Johnson, ativista social, o estado é conhecido nos Estados Unidos como fornecedor de mão de obra barata. "Compreendemos a luta dos trabalhadores do Mississipi como uma luta social", explicou. Observou que o Mississipi foi o estado-chave do sistema escravagista nos Estados Unidos e, consequentemente, o berço da resistência. Uma vez abolida a escravidão institucional, a luta passou a ser pelo direito ao voto, à educação e por boas condições salariais.
Derrick Jonhson afirmou que a Nissan instalou-se no Mississipi com isenções fiscais e na expectativa de encontrar trabalho de baixa remuneração. "Os trabalhadores precisam se unir em âmbito global de forma que as empresas transnacionais não possam dividir os trabalhadores de acordo com a região em que trabalham", concluiu.
Situação no Brasil
Matilde Ribeiro, secretária-adjunta municipal de Combate ao Racismo, contextualizou historicamente a situação dos negros no Brasil. Lembrou que há 125 anos a escravidão foi abolida, abolição esta pactuada com a elite do país. Os negros, então, passaram a ser cidadãos livres, mas não passaram a ter os mesmos direitos dos outros trabalhadores.
"O movimento negro brasileiro tem uma crítica à forma como ocorreu a constituição do sindicalismo no Brasil", avaliou. Segundo ela, não se considerou a situação dos negros no contexto da República. "Hoje, há maior compreensão do sindicalismo da necessidade da luta contra o racismo", observou. Esta convergência, em sua opinião, culminou com a criação de um ministério no governo Lula para tratar das questões relativas à discriminação racial no país.
A organizadora sindical da United Automobile, Aerospace and Agricultural Implement Workers of America (UAW), Sandra Haasis, disse que dos 4 mil trabalhadores da Nissan no Mississipi, 75% são negros e 25% não são efetivados. "O direito trabalhista estaduniense é muito favorável à empresa, o que dificulta muito a luta de nossos companheiros. Apesar disso, eles estão firmes na luta pela sindicalização", enfatizou.
Trabalhadores da fábrica da Nissan no Mississipi deram depoimentos, contando as dificuldades e os entraves com os quais têm se deparado na empresa. Diversas promessas não foram cumpridas e os trabalhadores sofrem ameaças e intimidação na tentativa de impedir que se organizem. A delegação de trabalhadores e líderes sindicais e de movimentos sociais dos Estados Unidos participarão de outros debates em São Paulo no decorrer da semana.
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