Mobilização das santas casas tem apoio de deputados estaduais
08/04/2013 21:09 | Da Redação: Josué Rocha Fotos: José Antonio Teixeira











A Frente Parlamentar em Defesa das Santas Casas da Assembleia Legislativa participou, nesta segunda-feira, 8/4, do Ato de Mobilização Nacional promovido pelas santas casas, hospitais e entidades beneficentes do país, que pedem reajuste imediato da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em São Paulo, o evento foi realizado na Santa Casa de Misericórdia, com a presença dos deputados Itamar Borges e Jooji Hato (ambos do PMDB), do secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri; do provedor da Santa Casa paulistana, Kalil Abdalla; e do diretor da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), Edson Rogatti.
Borges, coordenador da frente, disse que a presença dos deputados naquele ato simbolizava a sensibilidade do Parlamento com o problema. "Essas manifestações vêm acontecendo há pelo menos dois anos. Temos procurado mobilizar vereadores, prefeitos e sociedade civil nessa luta", declarou. Para ele, as prefeituras, com a defasagem da verba federal, têm se sacrificado com um custeio indevido, deixando de investir em outras prioridades para repassarem verba às santas casas localizadas nos respectivos municípios.
Greve
Segundo o representante da Fehosp, o Ato de Mobilização Nacional prevê bloqueio de agendamento de procedimentos eletivos em todo o país, inclusive cirurgias. Para Rogatti, o protesto busca a sensibilização pública e do governo federal. Os objetivos são garantir um atendimento universal, integral e gratuito, sem qualquer restrição aos usuários do SUS.
O movimento visa ainda o financiamento público federal à saúde, com aplicação de 10% das receitas brutas da União, o que viabilizaria a sobrevivência das santas casas, hospitais beneficentes e filantrópicos, que necessitam de reajuste emergencial de 100% da tabela SUS nos procedimentos de clínica médica geral, cirurgia geral, pediatria, ginecologia e obstetrícia.
Situação insustentável
Segundo Giovanni Cerri, o governo do Estado reconhece que a situação é "gravíssima". O secretário afirmou que o governador tem consciência do problema e que sua pasta recebe toda semana dezenas de gestores dessas entidades que buscam recursos. O secretário informou que o Brasil é um dos países que menos gasta no financiamento da saúde pública e que a União precisa colocar de fato a saúde como prioridade. "Este movimento, em âmbito nacional, revela que a situação é insustentável", concluiu Cerri.
Jooji Hato, outro integrante da frente parlamentar presente no ato, disse que os deputados têm percorrido o Estado inteiro, constatando que a situação de falência é generalizada. Invocando sua formação como médico e ex-funcionário da santa casa, Hato disse que ver o hospital na iminência de fechar é uma situação inaceitável. Outra observação do parlamentar é sobre a necessidade de uma força-tarefa para se controlar a violência no Estado, pois isso também gera muitos custos aos hospitais.
Déficit operacional
O provedor Kalil Abdalla explicou que a cada R$ 100 gastos pela entidade, apenas R$ 60 são indenizados pelo SUS. Ele informou que a santa casa paulistana realiza diariamente cerca de mil atendimentos de emergência e que a dívida atual daquela entidade é de aproximadamente R$ 250 milhões.
Segundo o movimento, existem no Brasil cerca de 2.100 hospitais filantrópicos, 56% deles em cidades com até 30 mil habitantes, onde as alternativas de assistências são reduzidas. Em 2011, os hospitais filantrópicos tiveram custo total de R$ 14,7 bilhões nos serviços prestados ao SUS, e somente R$ 9,6 bilhões foram efetivamente remunerados, o que gerou um déficit de R$ 5,1 bilhões. A estimativa é que em maio deste ano, a dívida alcance R$ 15 bilhões.
Presente ao evento, o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB/SP) manifestou apoio à causa e disse acreditar que o governo federal deve ter uma proposta firme na solução desse entrave. Ele considera que é viável à União conceder juros subsidiados em relação a esse montante.
Ao final, Rogatti resumiu a concepção da mobilização: "não é um movimento político, a saúde não tem partido. Não queremos parar de atender, queremos atender melhor. A situação é de colapso. Precisamos do aumento imediato da tabela (SUS) para salvar os hospitais".
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Deputado aciona MP e PGE para impedir ato de partido em celebração ao ataque do Hamas a Israel
- Governo envia à Alesp projetos com diretrizes orçamentárias para 2026 e reajuste do mínimo paulista
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações