Cidadãos de Presidente Prudente reivindicam incentivos na agricultura
24/08/2012 19:16 | Da Redação: Marisa Mello Fotos: Márcia Yamamoto






Região também demanda por melhorias na malha viária
A OAB de Presidente Prudente sediou nesta sexta-feira, 24/8, audiência pública da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP) para debater com a população local o Orçamento estadual 2013. Representante da região no Legislativo paulista, o presidente da CFOP, Mauro Bragato (PSDB), afirmou que este debate é mais um instrumento que a Assembleia oferece para que a população possa interagir com o parlamento do Estado. Cerca de R$ 180 bilhões é a previsão de arrecadação no Orçamento 2013, lembrou Bragato, destacando que a apresentação de sugestões de aplicação dos investimentos é fundamental para que a peça orçamentária seja justa.
Antes que os cidadãos de Prudente se pronunciassem, pedindo principalmente recursos para o segmento agrícola, as autoridades que fizeram parte da mesa fizeram intervenções. Luiz Cláudio Marcolino (PT), vice-presidente da CFOP, afirmou que não podemos estruturar o Orçamento de forma igualitária pelas regiões, uma vez que cada uma tem suas peculiaridades. Por isso, Marcolino disse que aposta no Orçamento regionalizado, no qual os investimentos também são distribuídos por regiões.
Investir no ser humano é o que conta para o deputado Ed Thomas (PSB), que também representa a região no Legislativo. Ele defendeu pontos da Educação, lembrando que o segmento não é valorizado, tampouco seus profissionais. A região tem crescido, segundo Thomas, mas ainda faltam recursos para muitas ações.
O deputado Sebastião Santos (PRB) informou que entre as dificuldades da região estão problemas na malha viária. Citou a rodovia Arlindo Bettio, para o Morro do Diabo. Reclamou da restrição na pesca, da retirada dos moradores das ilhas da barragem de Rosana e da falta de verbas para agricultura familiar.
Maurício Hoffman, da Secretaria de Planejamento do Estado declarou que está disposto a ouvir as demandas da região, de forma a aprimorar o projeto do Orçamento 2013.
Agricultura e estradas
O prefeito de Presidente Prudente, Milton Mello (o Tupã), disse que a região precisa de incentivos, sobretudo no setor agrícola. Já o prefeito de Teodoro Sampaio, José Gutierrez, presidente da Unipontal, afirmou que a região precisa de um tratamento diferenciado, como mais infraestrutura na malha viária, nos assentamentos etc. Lamentou que até o momento unidades da AME, prometidas para a região, não foram instaladas.
Muitos servidores públicos, principalmente do segmento da Agricultura, se manifestaram na audiência pública, representando diversas entidades, como a Afitesp (Associação de funcionários do Itesp). Foram feitos pleitos por reposição salarial e melhor atendimento do Iamspe. Para o segmento de agricultura especificamente foi solicitada a melhoria de logística dos programas, como o de agricultura familiar. Fernando Nakayama, técnico da Secretaria da Agricultura, pediu a garantia de recursos para pesquisa científica. Seu colega da CATI lembrou a importância da produção de alimentos.
Sistema prisional e drogas
Quanto à administração penitenciária, foi informado que inexiste hospital penitenciário na região e que faltam funcionários para escolta. O representante ainda denunciou que as funcionárias do sistema prisional na região enfrentam más condições de trabalho e ainda agressões das presidiárias.
Também afeto à segurança pública, o tema drogas foi tratado pelo vereador de Pirapozinho, Jurandir Lima, que além de melhorias nas estradas da Fortuna e de ligação de sua cidade a Anhumas, indicou investimentos na assistência a dependentes químicos. O assunto foi reforçado pelo diretor do Hospital Bezerra de Menezes, Mauro Galiani. O hospital psiquiátrico atende sobretudo dependentes químicos, para os quais Galiani pleiteou políticas públicas de atendimento, com implementação de programas estaduais.
Turismo e educação
Júlio Cesar Moraes quer mais incentivo para o turismo rural, uma vocação da região que conta, inclusive com uma faculdade específica em Rosana. Outros participantes trataram de regularização urbana e de incubadoras de softwares, segmentos para os quais foram reivindicados recursos.
A professora Haydee Santos abordou a questão da expansão do ensino tecnológico, propondo verbas para que esse processo seja implantado com qualidade. Já a professora aposentada Marinez Bisacchi, da Apampesp, defendeu pontos como pagamento dos precatórios, melhor atendimento do Iamspe e revisão dos proventos.
Encerramento
João Mendes apresentou várias demandas do município de Tarabai, como duplicação da SP-425, construção de creche-escola e de mais uma escola estadual e retomada do Pró-calcário (programa que garantia insumos para conter erosões).
A presidente da Câmara de Presidente Prudente, Alba Lucena, disse que as propostas feitas foram de qualidade e que espera sensibilidade da CFOP no atendimento dos pedidos.
Bragato encerrou fazendo ressalvas quanto ao Iamspe, lembrando que o Supremo determinou algumas providências que deverão ser tomadas pelo Estado, com relação ao instituto. O assunto será alvo de debate no Legislativo. O presidente da CFOP afirmou ainda, quanto aos precatórios, que o Estado tem repassado ao Tribunal de Justiça recursos para o pagamento, mas o presidente do TJ alegou falta de funcionários e de estrutura para o procedimento.
Capital do Oeste paulista
Presidente Prudente é considerada a capital do Oeste paulista, distando cerca de 558 km da capital do Estado. Tem mais de 600 mil habitantes e IDH de 0,846, considerando elevado. Atualmente é um dos principais polos industriais, culturais e de serviços do Oeste de São Paulo. Seu nome é uma referência ao ex-presidente brasileiro Prudente de Morais.
A área era ocupada por índios caiuás, xavantes, caingangues e guarani. Os conflitos pela posse da terra começaram com a chegada dos mineiros, atraídos depois da decadência das minas, para atividades de criação nos campos da região. Essa corrente migratória de Minas Gerais para São Paulo aumentou quando os mineiros passaram a fugir da convocação para lutar na Guerra do Paraguai, de 1864 a 1870.
Em 1893, foi feito um caminho entre a região (conhecida como Campos Novos do Paranapanema) e o Rio Paraná, para ligá-la ao Mato Grosso. Com a expansão das plantações de café, houve efetiva ocupação e crescimento do extremo oeste paulista. O desenvolvimento de Presidente Prudente foi ajudado pela ferrovia. A escolha do sítio urbano estava ligada ao traçado da Estrada de Ferro Sorocabana, que seguiu a linha dos espigões do Vale do Paranapanema.
Com o grande desenvolvimento, o município foi criado em 1917, pelo coronel Francisco de Paula Goulart, depois de ser emancipado de Conceição de Monte Alegre (atual Paraguaçu Paulista), a partir do desmembramento de Campos Novos Paulista.
Em 1927, o número de pés de café na cidade era de 10 milhões. Foi o auge da produção cafeeira prudentina. A decadência ocorreu pelo cansaço das terras arenosas, pelas geadas e pela crise econômica de 1929. A troca pela cultura de algodão foi inevitável e ele trouxe à região empresas estrangeiras. Na década de 1940, 44,7% das terras aproveitáveis da região eram constituídas de pastagens, crescendo a importância da pecuária na economia local. A partir da década de 1960 começa o processo de urbanização.
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