Ubatuba: mar e Mata Atlântica



O município de Ubatuba está localizado no Litoral Norte do Estado, ocupando um território de 712 km², 83% dos quais no Parque Estadual da Serra do Mar, com sua exuberante Mata Atlântica, na única parte desta que alcança a costa brasileira. Além de conter mais de 80 praias ao longo de sua costa, Ubatuba também tem diversas ilhas, como a ilha das Couves e a ilha Anchieta. A população aferida em 2007 é de 75 mil habitantes e o clima é tropical atlântico, com chuvas distribuídas ao longo do ano, sem estação seca.
Confederação dos Tamoios
Os índios tupinambás, ou tamoios, foram os primeiros habitantes da região. Eram excelentes canoeiros e caçadores e viviam em paz, embora sempre em conflito com os irmãos tupininquins, habitantes da região mais ao sul, desde São Vicente e Itanhaém até Cananeia. Para se defender dos portugueses, que chegaram ao local escravizando e destruindo famílias indígenas, os tupinambás organizaram uma confederação, com considerável poderio de guerra.
Em 1563, os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta partiram de São Vicente com destino à Aldeia de Iperoig, numa missão articulada pelos portugueses para pacificar os índios fronteiros, haja vista que a maior parte das aldeias tupinambás localizava-se em torno da Baía da Guanabara. O tratado de paz foi finalmente firmado entre Nóbrega e Cunhambebe (filho do chefe supremo dos tupinambás), e passou a figurar na história do Brasil como A Paz de Iperoig.
Restabelecida a paz e desarmados os índios do Rio, os portugueses destruíram o grosso da nação tupinambá em conflitos na Guanabara e em Cabo Frio. Os tupinambás que restaram migraram para outras regiões. Porém, os índios da região de Ubatuba permaneceram no local, tendo formado a população caiçara da região, assim como a população cabocla ao longo do rio Paraíba do Sul. Fundado o Rio de Janeiro, o governador-geral tomou providências para colonizar a área de Ubatuba, com a intenção de assegurar a posse da região para a colônia portuguesa. A aldeia foi elevada à condição de vila em 28 de outubro de 1637 com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba.
Atividade econômica
Durante o século 17, a produção agrícola de Ubatuba cresceu e a baía de Ubatuba se transformou no mais movimentado porto da capitania de São Vicente. Antes subordinada à jurisdição do Rio de Janeiro, São Vicente, por ato do rei, tornou-se subordinada a São Paulo. O governador da capitania de São Paulo, Bernardo José de Lorena, determinou que toda exportação só poderia ser feita pelo porto de Santos, o que causou impacto negativo no município.
Após a concessão da liberdade de comércio marítimo ao porto de São Vicente, em 1798, Ubatuba reativou seu comércio, o que deu grande impulso ao desenvolvimento da cidade. Os ricos exportadores voltaram a fazer negócios, construindo prédios, casas de comércio, escritórios de exportação e luxuosas mansões. A euforia de crescimento levou os exportadores a planejar a construção de uma ferrovia para escoamento dos produtos comercializados, mas a pressão dos concorrentes de outros portos fez com que o governo decretasse a primeira moratória do Brasil para impedir a construção da ferrovia.
Ubatuba voltava ao isolamento, não havendo caminho terrrestre ao longo do litoral para fazer a comunicação com o porto. Em abril de 1933, foi inaugurada a rodovia que ligava Taubaté a Ubatuba, despertando novamente uma etapa de progresso à cidade. Em 1948, Ubatuba foi elevada à categoria de estância balneária, e em 1950 foram iniciadas as construções de casas de veraneio no local. Em 1964, quando o industrial Francisco Matarazzo Sobrinho foi eleito prefeito do município, Ubatuba recebeu grande número de arquitetos e paisagistas, que incrementaram o local com construções de linhas harmoniosas que respeitavam o meio ambiente. Com o passar dos anos, a especulação imobiliária fez com que o rico patrimônio arquitetônico fosse se perdendo, dando lugar a apartamentos e lojas comerciais. Hoje, a cidade resgata seu passado na cultura caiçara, nas festas de origem portuguesa e nos edifícios históricos, revelando seu potencial como estância balneária.
Pontos turísticos
Ubatuba tem 80 praias, distribuídas por 90 quilômetros de costa. Há desde as agitadas, como Itamambuca e Vermelha do Norte, muito frequentadas por surfistas, como as desertas e paradisíacas, como a praia da Fazenda. No norte do município localizam-se as praias de Itamambuca, Félix, Prumirim, Puruba, Ubatumirim, Brava de Almada, Camburi e Picingaba; no sul, as praias Vermelha, do Tenório, das Toninhas, da Enseada, do Lázaro, Marandiba, Itaguá e praia Grande, entre outras.
Além das praias, há diversas cachoeiras na região, como a cachoeira do Promirim, da Escada, do Ipiranguinha, da Água Branca e do Espelho. O Aquário de Ubatuba oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer de perto um pouco do mundo marinho, tendo entre seus atrativos 12 tanques de água salgada.
O roteiro histórico do município tem como ponto de atração a igreja Exaltação à Santa Cruz, que foi construída na metade do século 18 e inaugurada em 1866. O Casarão do Porto, construído em 1846, servia de casa comercial e moradia do armador português Baltazar Fortes. Localizada no centro da cidade, a praça do Cruzeiro é o local onde o padre José de Anchieta escreveu o "Poema à Virgem", e onde se encontra a Cruz da Paz de Iperoig.
As ruínas do Antigo Engenho, também conhecidas como Casa da Farinha, fazem parte de um conjunto de ruínas de uma antiga usina de açúcar e álcool, construída no final do século passado por imigrantes italianos. Atualmente o local é utilizado pelos produtores de mandioca e também apreciado como objeto histórico, já que foi completamente restaurado.
A ilha Anchieta, que abriga a antigo presídio de mesmo nome, constitui área de preservação do Parque Estadual da Ilha Anchieta. O presídio, que começou a funcionar como Colônia Correcional do Porto de Palmas a partir de 1907 e abrigou presos políticos entre 1930 e 1933, funcionou até 1952. Atualmente, parte do antigo prédio abriga a administração do parque, sala de exposições, auditório, loja do Projeto Tartarugas Marinhas (Tamar) e ambulatório. A travessia do continente para a ilha é feita em escunas por várias empresas.
Notícias mais lidas
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações