Aldemir Martins: lirismo e encanto na simplicidade temática





Naturezas mortas, figuras humanas, animais, especialmente gatos, cangaceiros e cenas do cotidiano mostram a espontaneidade do olhar de Aldemir Martins, que traduzia sem rodeios tudo o que captava.
Tradução livre, corajosa, às vezes sem complacência. Com uma certa veemência o pintor aplicava em suas telas um grito existencial. A força de suas cores, a presença de seus volumes e de seus planos dizem, eloqüentemente, a amplitude de sua mensagem.
O rosto de suas figuras se distorce nos meandros ou no abismo interior. O objeto perde sua identidade plástica para ser recomposto seguindo normas e uma estrutura, evidenciando todo o realismo pessoal de Aldemir Martins, da qual são carregados.
A expressividade é dada pela deformação das figuras ou dos objetos, enquanto que o delicado grafismo suaviza a força dada pelas deformações. Na simplicidade temática encontra-se o lirismo e o encanto das telas desse artista, sem dúvida uma das glorias das artes brasileiras.
Com uma técnica de diluição da cor, suas obras possuem uma peculiar intensidade de luz. Sua arte é rica, quente, vibrante pois tem a característica de nos transportar no seu mundo. Ela nos seduz e, de todas as formas, nos implica.
O Artista
Aldemir Martins nasceu em Ingazeiras, Ceará, Brasil em 1922. Desde menino dedicou-se ao desenho. No Colégio Militar de Fortaleza, onde permaneceu até os 16 anos, tornou-se monitor de desenho de sua classe, e no Exército, no qual permaneceu até 1945, desenhou o mapa aerofotogramétrico da capital cearense.
No início dos anos 40, Aldemir Martins criou, juntamente com Mário Barata, Barbosa Leite, Antonio Bandeira, Carmélio Cruz, Inimá de Paula e outros, o Grupo Artys e a SCAP (Sociedade Cearense de Artistas Plásticos). Em 1942 expôs, pela primeira vez, no II Salão de Pintura do Ceará. Transferiu-se, em 1945, para o Rio de Janeiro, onde participou de uma coletiva na Galeria Askenasi e do Salão Nacional de Belas Artes.
Em 1946 mudou-se para São Paulo, onde realizou sua primeira individual, no Instituto dos Arquitetos do Brasil. Em 1947, participou da mostra "19 Pintores", que marcou o despontar de uma nova geração de artistas brasileiros.
Pintor, escultor e ilustrador, concorreu aos principais salões de arte, recebendo o "Prêmio Viagem ao Exterior" do Salão Nacional de Arte Moderna (1954). Na I Bienal de São Paulo (1951) obteve o Prêmio de desenho "Olívia Guedes Penteado" e na II, o prêmio "Nadir Figueiredo". Em 1956, conquistou a láurea mais importante de sua carreira, o Prêmio Internacional de Desenho da Bienal de Veneza, que o consagrou definitivamente.
Em 1982, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará. Em 1985, a MWM lançou o livro "Aldemir Martins: Linha, Cor e Forma" e, em 1990, a Best Seller editou o volume "Desenhos de Roma", que reúne trabalhos realizados na Itália, desfrutando o prêmio Viagem ao Exterior. Ao longo de sua carreira, Aldemir Martins participou de mais de 150 exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior.
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