Audiência pública debate pedágios nas rodovias paulistas


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Com o objetivo de discutir a questão dos pedágios no Estado de São Paulo, foi realizada nesta segunda-feira, 1º/6, uma audiência pública promovida pela liderança do PT na Assembleia. Na opinião dos parlamentares presentes e de representantes da sociedade civil, a quantidade de praças de pedágio nas rodovias estaduais e o valor cobrado precisam ser revistos.
O deputado Marcos Martins (PT), assegura que a questão do grande número de pedágios e o custo alto para os usuários é um problema que atinge o Estado inteiro. Segundo ele, o trânsito dentro das cidades aumentou devido à fuga dos motoristas aos pedágios, causando transtornos. Martins reclamou ainda do pedagiamento no Rodoanel. "O pedagiamento do trecho oeste do Rodoanel motivou a criação do Movimento Rodoanel Livre e uma comissão nesta Casa para dar sustentação a esse movimento", explicou. Para ele, os preços estão muito acima do que é cobrado pelas concessões federais. "Hoje estamos aqui certamente para ouvir ideias e sugestões para que juntos possamos enfrentar essa luta", completou.
Carlos Giannazi (PSOL) acredita que o movimento contrário ao pedagiamento é muito importante: "É uma tentativa para que possamos criar uma frente de resistência a essa verdadeira farra nos pedágios", disse. Segundo ele, as concessionárias lucram cobrando altos valores. "Tudo isso é repassado para as mercadorias", alertou.
De acordo com Giannazi, o governador pretende pedagiar as rodovias Tamoios, Oswaldo Cruz, Mogi-Bertioga e alguns trechos da Rio-Santos. "Sem contar o Rodoanel, o que é um crime, já que a obra foi construída para aliviar o trânsito e interligar as rodovias", protestou. Para o deputado, a única forma de combater abusos é realizar uma grande mobilização.
Também em apoio ao movimento contra os pedágios, falou o deputado Olimpio Gomes (PV). "Quero dizer que este ato não é para fazer oposição a Serra, mas sim para estar junto com a população", afirmou. Para Gomes, não é possível aceitar que o cidadão, que já é tributado de todas as formas, tenha de pagar tantos pedágios. "A população tem de se mobilizar e ampliar esse movimento", conclamou. O parlamentar acredita que não é moral nem ético pedagiar vias como o Rodoanel. "Colocam obstáculos onde deveriam facilitar o trânsito", disse.
Pouco retorno
O líder da bancada petista na Casa, Rui Falcão, considerou que São Paulo tem hoje praticamente metade dos pedágios do Brasil e o preço médio cobrado é de R$ 5,76 por eixo nos veículos de carga. "Imaginem o quanto ganham essas concessionárias", comentou. Para o líder, um movimento organizado é de extrema importância para o convencimento da opinião pública. Falcão falou ainda sobre os moradores da Chácara Maria Trindade, que são obrigados a pagar pedágio para circular dentro do município. "A população sugere alternativas, mas até agora nada. Esse pedágio afronta a lei", descreveu. Para ele, as concessionárias arrecadam muito dinheiro pelo retorno que propiciam à sociedade.
O promotor de Justiça em Barueri, Marcos Mendes Lyra contou sobre a ação judicial que moveu contra um pedágio na marginal da rodovia Castello Branco. "Qual o critério para se fixar um pedágio naquela região?", indagou. Segundo ele, o objetivo da ação era buscar um tratamento isonômico em relação ao restante do Estado. O promotor também manifestou sua indignação quanto às praças de pedágios implantadas em municípios. "Uma estratégia que pode ser utilizada é a rota alternativa para atender a população local, sem que se transforme em rota de fuga", opinou. Para ele, os valores pagos às concessionárias são exorbitantes.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte de Cargas de Osasco e região, João Batista Alves, o valor dos pedágios têm impacto direto sobre o custo dos fretes. Segundo ele, saindo de São Paulo para Brasília se gasta R$ 391. "Isso é repassado no preço do frete, e consequentemente ao consumidor", advertiu. Para Batista, o preço cobrado nos pedágios é injusto.
Diversos participantes da audiência manifestaram indignação em relação aos pedágios cobrados no Estado, entre eles vereadores e representantes da sociedade civil.
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