Opinião - Viva e deixe viver " aborto não!
Para início de conversa, perguntamos: o que é a vida, o que é a morte? Os dicionaristas definem vida como sendo o espaço de tempo compreendido entre o nascimento e a morte de alguém. A morte, por sua vez é a cessação definitiva da vida. São explicações válidas, diretas, mas simplistas demais para alcançar a profundidade do que vem a ser esse milagre que é a vida cuja sina é a morte. Chamamos a vida de milagre porque entendemos que ela é, antes de tudo, um ato de Deus. A Bíblia revela Deus como autor e conservador da vida (Nm 16.22).
Entendemos que a morte é a consequência natural do ato de viver. Todos os que nascem caminham para a morte. Mas, essa morte não é escolha do homem, é destino inevitável. Na concepção cristã, entendemos que Deus é o doador da vida. Logo, Ele é o único que pode determinar a cessação dessa vida.
A ciência é capaz de determinar o momento exato em que a vida nasce e o momento exato em que ela cessa. De acordo com a especialista em Biologia Molecular da Universidade Católica do Sagrado Coração de Roma, Itália, Anna Giuli, "um novo indivíduo biológico humano, original em relação a todos os exemplares de sua espécie, inicia o seu ciclo vital no momento da penetração do espermatozóide no ovócito". Portanto, temos aí uma vida humana. Um ser estritamente diferente e original desde o primeiro instante.
Mas, o que dizer do aborto? Também de acordo com os dicionaristas, aborto é a expulsão de um feto ou embrião por morte fetal, antes do tempo e sem condições de vitalidade fora do útero materno. O dicionário médico, especializado na matéria, define aborto como sendo a interrupção precoce da gravidez. Ou seja, o aborto é cessação da vida, a morte. Morte do feto, sim, mas, também, morte de um ser humano.
A Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 227, diz que "é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida (...) além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão". O feto é uma vida humana: um filho, uma filha que, embora ainda não nascido, contudo, foi gerado, está vivo, podendo ser materialmente percebido, comprovado e atestado.
O aborto não só viola o direito à vida, com é um ato de covardia, agressão traiçoeira. Valentia com os mais fracos, pois tira a vida de um ser que não teve a chance de se defender nem a oportunidade de escolher por si mesmo entre a viver ou morrer. Cabe aqui recordarmos um registro da história bíblica, quando Deus coloca diante do povo de Israel a oportunidade de escolha entre a vida e a morte, onde o próprio Deus sugere ao povo que escolha a vida (Dt 30.19). A vida é uma emergência de Deus. Deus é vida. De acordo com nossa concepção cristã, somos seres oriundos de Deus, logo, temos que ter paixão pela vida e uma inclinação natural por viver e deixar viver. Em suma, optamos por não tirar a vida de um feto.
Por que usamos a palavra optar? Por que entendemos que gerar uma vida, deixar viver ou tirar uma vida é uma questão de escolha. Mesmo em se tratando de um feto, há ali uma vida em pleno desenvolvimento. Não importa se tem um dia, uma semana ou um mês de vida. O que importa é que é uma vida, um ser humano. Esse novo ser, que está vivo, assim deverá continuar, a não ser que alguma condição específica o faça morrer. Essa "condição específica" não pode ser a vontade de outro ser humano motivada por egoísmo, desamor e incompreensão.
Sendo assim, enquanto estiver em nós o poder de decidir, decidamos pela vida. Viva e deixe viver!
*Waldir Agnello é deputado estadual pelo PTB
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