Faleceu nesta quarta-feira, 9/8, aos 80 anos, em São Paulo, o deputado estadual Paschoal Thomeu (PTB). Segundo a assessoria do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, onde ele estava internado, a causa da morte foi insuficiência de múltiplos órgãos.

O parlamentar havia sido internado no dia 7/6 no Hospital Iguatemi, apresentando um quadro de pneumonia. Naquele mesmo dia, sofreu uma parada cardíaca, que ocasionou insuficiência de oxigênio no cérebro, e desde então permaneceu em coma vigil. No dia 14/7, deu entrada no Instituto Dante Pazzanese, com infecção generalizada.

A morte de Paschoal Thomeu ocorreu por volta das 16h. Ele estava acompanhado da esposa, Marina Thomeu, e do neto Daniel. A família decidiu velar o corpo no Cemitério Gethsêmani, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. O enterro foi marcado para as 11h da quinta-feira, 10/8.

Paschoal Thomeu estava no exercício de seu terceiro mandato como deputado estadual. Elegeu-se pela primeira vez em 1994. Antes havia sido prefeito de Guarulhos, de 1988 a 1992.

Sua cadeira de deputado na Assembléia Legislativa será ocupada agora por Adilson Rossi, primeiro suplente do PTB.

Deputado Paschoal Thomeu

Paschoal Thomeu era natural de São Paulo. Nasceu em 8/4/1926, filho de Annunciato Thomeu e de Carmella Lamberga. Fez o primário e o colegial no Liceu Coração de Jesus e diplomou-se em contabilidade pela Escola Álvares Penteado, na capital.

Iniciou sua vida pública ao ser eleito, em 15/11/1988, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), prefeito de Guarulhos. Após o término do mandato, em 1992, foi nomeado pelo então governador Luiz Antonio Fleury Filho presidente da Eletropaulo (Eletricidade de São Paulo S.A.), cargo que exerceu de 1993 a 1994.

Nas eleições de 1994, concorreu pelo PMDB a uma cadeira na Assembléia Legislativa, para a 13ª legislatura (1995-1999), tendo sido eleito com 131.979 votos. Na eleição da Mesa, no início da legislatura, seu nome chegou a ser cogitado para presidir a Assembléia. Como deputado, integrou as comissões de Serviços e Obras Públicas e de Transportes e Comunicações, ambas como efetivo, e as de Assuntos Metropolitanos e Redação, como substituto.

Em 1998, concorreu mais uma vez a um mandato de deputado estadual, para a legislatura (1999-2003), agora pelo Partido Progressista Brasileiro (PPB), reelegendo-se com 87.577 votos.

Integrou como 2º secretário a Mesa Diretora da Assembléia no biênio 1999-2001, sob a presidência do deputado Vanderlei Macris. Foi membro do Fórum Parlamentar São Paulo Século XXI entre 1999 e 2000. Em 2001, foi membro substituto da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) constituída para apurar eventuais irregularidades na distribuição, comercialização e qualidade dos combustíveis no Estado de São Paulo.

No pleito de 2002, candidatou-se e foi reeleito para um terceiro mandato à Assembléia Legislativa (2003-2007), com 61.646 votos, desta vez pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), no qual havia ingressado em 1999.

Em 2003, foi escolhido membro titular do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembléia Legislativa e, em 2006, aderiu à Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.

É de autoria de Paschoal Thomeu projeto de lei que deu origem à Lei 12.061, de 26/9/2005, que institui o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Nordestina.

Como empresário, Paschoal Thomeu atuou principalmente no ramo das comunicações e na metalurgia, dirigindo a Empresa Jornalística Folha Metropolitana, a Artes Gráficas Guaru, a Indústria Metalúrgica Thomeu, a Inal Indústria Nacional de Aços Laminados, a Agropecuária Thomeu e a Vidraçaria Santa Marina, entre outras empresas.

Foi casado com Marina Thomeu, com quem teve dois filhos: Rafael (já falecido) e Roseli, deputada estadual entre 1991 e 1995.

Acreditava que investimentos na infância e na juventude eram essenciais para garantir melhor qualidade de vida.